O julgamento de Suzane von Richthofen, acusada de planejar a morte dos pais, deve ser adiado e não ocorrerá em 5 junho, junto com o dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos. A afirmação é do promotor Roberto Tardelli, que dá como certa o adiamento da data. Segundo o promotor, a entrevista de Suzane ao 'Fantástico' foi 'um circo mal armado, de baixíssima inspiração, com atores canastrões e um diretor sem talento', que antes já havia dito que ela era uma atriz de quinta categoria.
- Na verdade, a própria Suzane não acreditou muito na personagem que fizeram com que ela interpretasse. Talvez porque ela não tenha muito do que se lamentar - afirmou Tardelli.
Na avaliação do promotor, a entrevista, que deveria resultar num benefício, fazendo acreditar que ela era inocente, acabou revelando 'a verdadeira face' de Suzane.
- Peixe morre pela boca - comentou.
Tardelli continua vendo risco de Suzane fugir antes do julgamento. O risco da fuga foi a principal crítica dele à decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que decidiu deixar a garota em liberdade.
- Três pessoas serão julgadas. Por uma felicidade, uma delas está solta. Quem está solto terá fortíssima inspiração para fugir. Esta hipótese foi criada pelo Supremo Tribunal de Justiça, que autorizou a soltura de Suzane. Ela já esteve presa e sabe como é a cadeia. Dificilmente vai querer voltar para lá - disse o promotor.
Tardelli não decidiu ainda se vai pedir à Justiça que Suzane volte para a cadeia até o julgamento. O promotor avaliou que a entrevista pode ser considerada pela Justiça como de legítimo direito de manifestação e de defesa, conforme prevê o Código Penal. Mas ele considera que houve muita sutileza, com dissimulação e tentativa de enganar a todos.
Para o promotor, a imagem que mais chamou atenção foi a de Suzane beijando um periquito de estimação da família que a hospeda.
- Quando ela pede para administrar os bens da família, ela deixa de beijar o periquito e abraça o capeta - afirmou Tardelli, referindo-se ao processo movido por Suzane para não ser deserdada e administrar parte dos bens da família.
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