Acusação dura feita diretamente aos réus e ironia marcaram o tom da argumentação do Ministério Público para pedir a condenação de Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos. O promotor Nadir de Campos Junior reservou à Suzane von Richthofen um conselho:
- Você só será feliz quando admitir a culpa - disse Campos Junior a ela.
Pouco antes, Daniel Cravinhos foi retirado da sala aos prantos, a pedido dos advogados de defesa, por conta do tom duro de acusação feito diretamente aos réus por Campos Junior.
O promotor se dirigiu diretamente a cada um dos três para lembrá-los sobre o assassinato de Marísia e Manfred von Richthofen.
A Cristian Cravinhos, disse que ele só 'reencontrou a culpa' e admitiu as estocadas que deu em Marísia von Richthofen depois de ver a própria mãe chorando no tribunal.
A Daniel, a quem chamou de assassino aos brados, lembrou que ele chegou a admitir a autoria até do que fez o irmão e que tinha a sua disposição uma arma, mas preferiu 'bater, bater e bater'. Classificou o crime como repugnante e nojento, e lembrou a Daniel que em seguida ele foi ao motel e pediu a suite presidencial.
Daniel chorou compulsivamente neste momento e foi amparado pelo irmão, Cristian. A advogada dos irmãos, Gislaine Jabur, pediu a palavra e interrompeu o promotor. Disse que a crueldade do que tinham feito não era motivo para a crueldade com que o promotor se dirigia a eles na Tribuna.
Enquanto os irmãos eram retirados da sala, o advogado Mauro Nacif abraçava Suzane von Richthofen. Já num tom de voz mais baixo, Campos Junior apelou à Bíblia e ao Evangelho Segundo o Espiritismo para dizer a Suzane que a criação do 'Espírito do Negão' é uma criação intelectual:
- O crime foi preparado e arquitetado por você. Sua mãe, aquela que te amamentou, nunca esperava tais estocadas. Se não você não tivesse feito, sua mãe poderia estar aqui te acalentando.
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