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Os partidos governistas que mais perderam com a crise política foram o PL e o PT. Em 30 de junho, o PL tinha uma bancada de 52 deputados e nesta sexta-feira estava com 38. O PT, que tinha 91, está com 83. O PMDB, que tinha 85 deputados em 30 de junho e chegou a 89, chegando a ultrapassar a maioria do PT, estava nesta sexta com uma bancada de 80 deputados. A redução da bancada peemedebista ocorreu por causa dos movimentos de aliados do casal Garotinho rumo a outros partidos.

Esse, pelo menos, era o placar desta sexta-feira do troca-troca partidário nos últimos dias. Só este mês, pelo menos 40 deputados mudaram de partido. O número pode aumentar neste sábado, quando acaba o prazo para troca de legenda para quem deseja disputar mandato no ano que vem. Mais de 300 mudanças de partido - não necessariamente 300 deputados - ocorreram desde o início da legislatura, em fevereiro de 2003.

A principal baixa do PT foi dos cinco deputados que deixaram a legenda em direção do PSOL, da senadora Heloísa Helena (AL), que passou de dois para sete deputados. No PL, Sandro Mabel (GO) atribui a redução drástica da bancada a problemas regionais e não à crise. Segundo ele, cinco deputados mineiros deixaram o partido depois da saída do vice-presidente José Alencar.

Os líderes peemedebistas evitaram confirmar, mas são dadas como certas a saída de oito deputados de diferentes estados. Já o PP ficou praticamente estável, com 54 deputados.

O PTB, partido do ex-deputado Roberto Jefferson, perdeu nos últimos dias seis deputados: Airton Roveda (PR), Francisco Gonçalves (MG), Iberê Ferreira (RN), Joaquim Francisco (PE), Marcondes Gadelha (PB) e Antonio Joaquim. Mas ganhou quatro - Osmânio Pereira (MG), Jefferson Campos (SP) e Ênio Tatico (MG) e José Tatico (GO). Para o líder José Múcio Monteiro, levando em conta os problemas enfrentadas pelo partido, o saldo é bom.

O único partido da base governista com crescimento significativo foi o PSB, que elegeu 22 deputados, mas chegou a ter só 16 parlamentares. Ontem, os socialistas somavam 29.

Na oposição, o PSDB, que em junho tinha 50 deputados, está com 53. O PSDB ganhou um senador, Juvêncio da Fonseca (PDT), totalizando 15. Ontem o presidente do partido, senador Eduardo Azeredo (MG), e o secretário-geral, deputado Bismarck Maia (CE) estiveram em Palmas (TO) para filiar o ex-governador do estado, Siqueira Campos, que deixou o PFL.

O PFL teve pequeno crescimento, pulando de 59 para 63 deputados. Já o PDT comemora recuperação, pois a bancada, que tinha 14 deputados, nesta sexta-feira chegava a 19.

O recém-criado Partido Municipalista Renovador (PMR), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, aguardava a filiação de cinco deputados federais. A cúpula do PMR, que desde quinta-fera abriga o vice-presidente José Alencar, pensou em fazer filiação dos 16 deputados federais ligados à Universal.

A legislação eleitoral diz que, para concorrer ao pleito do ano seguinte, o candidato terá que estar filiado a um partido por um período mínimo de um ano. De acordo com a Lei 9.096/95, que trata dos partidos políticos, o candidato que se filiar a outro partido deve fazer uma comunicação por escrito à antiga sigla e ao juiz de sua zona eleitoral para cancelar sua filiação. Se não o fizer no dia seguinte ao da nova filiação ficará configurado dupla filiação partidária, sendo ambas consideradas nulas para todos os efeitos pela Justiça Eleitoral.

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