O Partido Verde protocolou, na tarde desta quinta-feira (19), o comunicado de desfiliação do vereador Professor Galdino do partido na 178ª zona eleitoral de Curitiba. A expulsão do parlamentar foi aprovada pela Executiva Estadual do PV no fim da noite de terça-feira (17) por 15 votos a três. O PV vai pedir a nomeação do primeiro suplente para a vaga de Galdino.

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O advogado do PV, Gaius Alider, afirma que Galdino está expulso do partido desde a decisão da Executiva. A Justiça Eleitoral não precisa aprovar a desfiliação, explica o advogado. "Só comunicamos na zona eleitoral onde ele está inscrito para que seja dada baixa no registro dele", afirma.

Na sexta-feira (20), o partido vai enviar uma comunicação ao presidente da Câmara de Vereadores, João Cláudio Derosso (PSDB), pedindo a nomeação do primeiro suplente do partido, o ex-vereador Paulo Salamuni. "O Professor Galdino só foi eleito graças aos votos recebidos pela legenda, por isso a vaga é do partido", diz.

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A assessoria de imprensa do Professor Galdino informou que ele ainda não foi notificado oficialmente da decisão. Nesta quinta-feira o vereador não deu entrevistas, pois estava viajando para São Paulo. Ainda segundo a assessoria, um familiar de Galdino passou mal e teve de ser internado depois de tomar conhecimento das denúncias contra o vereador.

Assédio

Segundo o presidente do PV, Melo Viana, a denúncia contra o Professor Galdino por um suposto assédio sexual foi o principal motivo para a expulsão do parlamentar. A ex-funcionária da Câmara, Kátia Rosana Curtis de Mello, disse que registrou, na manha desta quinta-feira, na Delegacia da Mulher, um boletim de ocorrência contra o vereador.

Ela diz que foi assediada por Galdino em dezembro. Kátia conta que o vereador fazia brincadeiras e gestos com conotações sexuais para ela e para outras três funcionárias. Ela então teria pedido para sair do emprego, mas ele não teria aceitado o afastamento. "Ele me ofereceu um salário de R$ 5 mil para ficar, mas eu não quis", afirma.

A assessoria de imprensa do vereador nega as acusações.

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Exoneração

Para o vereador, o partido está tentando tirar o foco da discussão sobre as exonerações dos funcionários indicados pelo PV para seu gabinete, mas que trabalhavam para a estrutura do partido.

No início de fevereiro, Galdino exonerou o líder do PV Jovem Raphael Rolim e a telefonista Rosana Souza, ambos indicados pelo partido. Segundo o vereador, nenhum dos dois ia trabalhar no gabinete e por isso foram exonerados. Rosana e Rolim eram pagos pela Câmara, mas prestavam serviços para o partido, como confirmou o próprio presidente da legenda.

A exoneração de Rolim foi o motivo para a abertura do processo na comissão de ética da sigla contra Galdino. Como a decisão do vereador teria contrariado o estatuto do PV, que determina que um quinto das vagas de um gabinete do político do partido deva ser para indicações da legenda.

A decisão da Executiva do partido foi tomada apenas com base em depoimentos de testemunhas, sem haver provas materiais sobre as acusações de suposto assédio sexual.

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