Preso na manhã desta terça-feira (24) na 21ª fase da Operação Lava Jato, o pecuarista José Carlos Bumlai pediu que lhe trouxessem uma Bíblia para ficar com ele na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PR).
Religioso, ele não deixou de carregar a imagem de Nossa Senhora na lapela do paletó e um terço de bolso que costuma levar consigo.
Os advogados do pecuarista também estão providenciando artigos de higiene pessoal para Bumlai passar a primeira noite na carceragem. Ele chegou à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba às 12h. “Bumlai está sereno, tranquilo e confiante. Até porque acredita que tudo será esclarecido”, disse a advogada Daniella Meggiolaro, que esteve com o pecuarista na tarde desta terça depois que ele chegou do exame de corpo de delito feito no IML (Instituto Médico Legal).
O pecuarista levou para a PF uma pequena mala com pijama e pertences pessoais, que estava com ele em Brasília. Bumlai havia dormido na capital federal de segunda (23) para terça (24) porque prestaria um depoimento na CPI do BNDES nesta tarde.
O depoimento, previsto para 14h30, não aconteceu porque ele foi preso e acabou remarcado.
Quando foi detido, por volta das 6h, Bumlai estava acompanhado pelos filhos Guilherme e Maurício, que foram conduzidos coercitivamente para a sede da PF em Brasília.
Os filhos do pecuarista estão se preparando para visitá-lo na quarta (25), quando é permitido receber familiares.
EMPRÉSTIMO
De acordo com as investigações, a suspeita é que Bumlai tenha repassado ao PT o dinheiro de um empréstimo efetuado junto ao Banco Schahin.
Delator na Lava Jato, Salim Schahin, do grupo homônimo, diz que o empréstimo não foi pago. A quitação, escreveu o juiz Sergio Moro, se deu por meio da contratação do grupo Schahin para operar o navio-sonda Vitória 10.000, de US$ 1,6 bilhão, cujo negócio teria sido intermediado pelo pecuarista. Bumlai nega e diz que quitou a dívida com embriões de gado.
Prejuízo recorde ressalta uso político e má gestão das empresas estatais sob Lula 3
Moraes enfrenta dilema com convite de Trump a Bolsonaro, e enrolação pode ser recurso
Carta sobre inflação é mau começo para Galípolo no BC
Como obsessão woke e negligência contribuíram para que o fogo se alastrasse na Califórnia