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Conselho de Ética escolhe hoje os três relatores do caso Renan Calheiros

Senadores se revezam no plenário e pedem sua saída do comando da Casa. Renan, apesar de pressionado, diz que não deixa presidência

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusou nesta quarta-feira setores da mídia de quererem derrubá-lo. Ele disse que esta postura é resultado da frustração dos meios de comunicação que não teriam conseguido derrubar o presidente Luiz Inácio Lula Silva.

"Setores da mídia que não conseguiram derrubar o presidente Lula querem agora derrubar o presidente do Congresso em uma espécie de terceiro turno", disse Renan a jornalistas.

Acusado de ter suas despesas pessoais pagas por um lobista da construtora Mendes Júnior, Renan reclama quase diariamente de uma suposta perseguição da imprensa.

Na véspera, o presidente do Senado sofreu o constrangimento de presidir uma sessão da Casa repleta de apelos por parte de colegas para que se afastasse do cargo durante as investigações.

Ele revidou ao atacar o que chamou de "apetites políticos de ocasião". Nesta manhã, questionado por repórteres, alfinetou mais uma vez sem esclarecer a quem se dirigia.

"Esse apetite voraz é das pessoas que jogam pedras e escondem as mãos", disse.

Garantindo que não deixará a presidência do Senado, ele repete como um mantra duas sentenças: a de que o Brasil sequer sabe do que o peemedebista está sendo acusado e de que o Senado não vive uma crise e funciona normalmente.

"É por ter um filho fora do casamento que estou sendo acusado? Isso eu já me penitenciei e fui perdoado", declarou.

O Conselho de Ética, que analisa o caso, deve nomear nesta tarde três relatores para o processo, um senador governista, um do PMDB e outro da oposição.

As despesas de Renan com a pensão para a mãe de uma filha fora do casamento seriam pagas pelo lobista. Renan tenta provar que tinha recursos pessoais para arcar com os custos, o que vem sendo questionado por parlamentares e pela mídia.

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