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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enfrentará os três processos por quebra de decoro que tramitam no Conselho de Ética com um novo advogado de defesa. Eduardo Ferrão encerrou o contrato com Renan na quinta-feira da semana passada, um dia após o senador ser absolvido da cassação em plenário.

Segundo a assessoria de imprensa de Renan, Ferrão alegou sobrecarga em processos com outros clientes para deixar a defesa do parlamentar, com quem trabalhava há dois anos.

Aliados de Renan Calheiros chegaram a criticar a atuação do advogado ao longo da representação política que investigava a denúncia de ter as despesas pessoais pagas por um lobista. Um novo advogado já foi escolhido, mas Renan mantém sigilo sobre seu nome. O Supremo Tribunal Federal enviou para o Procurador Geral da República, Antonio Fernando de Souza, o processo envolvendo a primeira denúncia contra o senador, do qual já escapou no Congresso. Caberá ao Ministério Público decidir se formaliza ou não a acusação.

Na quinta-feira, a quarta ação contra Renan foi enviada pela Mesa Diretora do Senado ao Conselho de Ética. O quarto processo vai apurar a denúncia de que o senador teria participado de um esquema de desvio de dinheiro em ministérios comandados pelo PMDB.

- É mais uma representação acatada por unanimidade, o que demonstra os ânimos aqui na Casa - disse a jornalistas o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Os sete integrantes da Mesa chegaram a discutir a possibilidade de unificar a quarta representação à terceira, que vai investigar a denúncia de que Renan teria usado laranjas para esconder a sociedade em emissoras de rádio em Alagoas, mas os senadores César Borges (DEM-BA) e Efraim Morais (DEM-PB) não aceitaram. O senador Tião Viana (PT-AC) também foi contra a proposta, alegando que não há amparo legal para fazer a unificação das representações.

Renan diz que sistema político eleitoral apodreceu

Em entrevista ao site Vermelho, do PCdoB, Renan diz que o sistema político-eleitoral "apodreceu" e precisa ser reformado com urgência, mas em nenhum momento admite responsabilidade no quadro de descrédito da população com a classe política, traçado por ele mesmo na entrevista. Renan se diz vítima de adversários levianos e afirma que a descrença generalizada com os políticos leva à pressão da opinião pública, que estaria sendo manipulada, sobre seus colegas do Senado pela cassação do mandato.

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