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Valdir Rossoni (esq.) e o primeiro-secretário Plauto Miró: novos diretores da Assembleia são pessoas indicadas pessoalmente pelos dois | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Valdir Rossoni (esq.) e o primeiro-secretário Plauto Miró: novos diretores da Assembleia são pessoas indicadas pessoalmente pelos dois| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

À OAB-PR, presidente da Assembleia promete medidas moralizadoras

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni, (PSDB), e o primeiro-secretário da Casa, Plauto Miró (DEM), vistaram ontem o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), José Lúcio Glomb. O objetivo do encontro foi expor as medidas de transparência na Assembleia que eles pretendem implantar.

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"Caras novas que eu nunca tinha visto começaram a aparecer"

Até o fim da semana que vem, a Fundação Getulio Vargas (FGV) deve apresentar à Mesa Executiva da Assembleia um plano de ação, de acordo com as medidas prometidas pelo presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB). Entre as ações que serão desenvolvidas pela FGV, a mais urgente e imediata, segundo Rossoni, é o recadastramento dos servidores efetivos do Legislativo.

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  • O novo diretor-administrativo da Assembleia, Altair Daru, acusado por Tôca

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni (PSDB), defendeu ontem o novo diretor-administrativo da instituição, Altair Carlos Daru. O diretor havia sido acusado na quarta-feira pelo líder dos ex-seguranças da Casa, Edenílson Ferry, o Tôca, por supostamente receber um salário acima do limite estabelecido em lei. Daru é funcionário do Legislativo desde 1991, estava lotado no gabinete de Rossoni até ser nomeado para a diretoria e é considerado um dos homens de confiança do tucano na Assembleia (ele inclusive foi um dos doadores da campanha do deputado ao legislativo em 2002).

Ontem, o presidente da Assembleia garantiu que Daru não foi beneficiado por pagamentos irregulares. "Depois que o limite foi estabelecido em lei, o salário do servidor nunca o ultrapassou o patamar legal", garantiu Rossoni.

O limite para o pagamento de servidores do Legislativo é estabelecido por uma emenda de 2003 ao artigo 37 da Constituição Estadual. Segundo a emenda, o salário de um servidor da Casa não pode ultrapassar o salário de um deputado – atualmente em cerca de R$ 20 mil.

Na quarta-feira, após ser "expulso" da Assembleia pela Polícia Militar, o líder dos ex-seguranças da Casa procurou o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público Estadual (MP), para entregar supostos documentos que provariam que Daru recebeu supersálarios.

Segundo Rossoni, a denúncia é uma implicância pessoal de Tôca contra Daru. O presidente da Assembleia ainda disse que a acusação é um tentativa de impedir que ele assuma a diretoria da Assembleia. "Todos os funcionários escolhidos para a nova direção tiveram suas situações funcionais investigadas. Também tivemos o cuidado de chamar pessoas que não têm problemas na Justiça", afirmou Rossoni.

O tucano disse ainda que vai pedir ao MP que seu gabinete seja investigado. "Não quero ter proteção. Faço questão de que o MP investigue e que cada um responda por seus atos", disse.

Escolhas

O presidente da Assembleia afirmou ainda que nenhum dos novos nomeados para a diretoria da Assembleia tem relação com a antiga Mesa Diretora – embora ao menos o novo diretor-geral, Benoni Manfrin, tenha sido coordenador da campanha de 2006 do deputado Alexandre Curi, ex-primeiro-secretário da Casa.

Rossoni garantiu que todas as escolhas foram tomadas em conjunto com o novo primeiro-secretário, Plauto Miró (DEM). "Chamamos pessoas qualificadas e de nossa confiança para que possamos tomar as decisões necessárias e, ao mesmo tempo, fiscalizar melhor as ações de cada um", afirmou Plauto.

Plauto e Rossoni tiveram liberdade para conduzir seus assessores diretos a cargos de diretoria. Rossoni nomeou, além de Daru, seu assessor pessoal Sérgio Brun. Plauto indicou o contador Cléber Cavalli como diretor de apoio técnico e o advogado Bruno Garofani como diretor de pessoal. "Ambos colaboram comigo em minha atividade privada há muitos anos e são pessoas da minha inteira confiança", reconheceu Plauto.

Rossoni disse que os nomes escolhidos têm em comum experiência em tratar assuntos do poder público e para lidar com parlamentares e com a imprensa neste novo momento de transparência da Casa. "A nossa situação já mudou, mas está longe do ideal. Vamos chegar num padrão digno de uma casa de leis", garantiu o novo presidente do Legislativo.

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