Atualizado em 25/05/2006 às 23h59

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A lista com os nomes das pessoas mortas durante a onda de violência em São Paulo foi entregue a um representante do Ministério Público na unidade central do Instituto Médico Legal de São Paulo. Além dos nomes, foram entregues os boletins de ocorrência e os laudos periciais de 132 pessoas que morreram por armas de fogo entre os dias 12 e 20 deste mês.

Segundo a secretaria de Segurança Pública, dessas 132 pessoas, 79 morreram em confronto com a polícia e teriam algum tipo de envolvimento com os grupos criminosos que promoveram os ataques. Outros 53, segundo a secretaria, também morreram de forma violenta, mas não teriam relação com os ataques. A dúvida agora é quando o Ministério Público vai divulgar esses documentos.

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O MP pediu a lista dos mortos entre os dias 13 e 18 de maio para apurar eventuais abusos praticados pelas polícias Civil e Militar durante à repressão aos ataques do crime organizado em São Paulo. O prazo de 72 horas se encerrava á meia-noite desta quinta-feira. Mas a lista foi entregue por volta de 20h.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro, sugeriu que as investigações sejam feitas em grupo. A equipe de trabalho seria formada por assessores do Ministério Público, advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), médicos escolhidos pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) e também por representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) e entidades de direitos humanos.

A intenção é que juntos eles discutam e cheguem a uma conclusão sobre quais as pessoas mortas realmente estavam envolvidas com a facção criminosa que comandou os ataques desde o último dia 12 na capital. O número de policiais mortos assassinados em confronto com os suspeitos subiu, com a morte na quarta-feira de uma pessoa em Campinas. Agora são 24.

O secretário participou nesta manhã de quinta-feira de uma solenidade com o governador Cláudio Lembo, que assinou um decreto reorganizando as unidades da Polícia Militar e criando novas bases no interior.

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