Sem avanço nas negociações para a inclusão da parcela de servidores que não foi beneficiada pela redução na jornada de trabalho, os trabalhadores em greve fizeram mais manifestações nesta sexta-feira (9), em Curitiba. Eles esperavam ser recebidos por representantes da prefeitura, mas ninguém apareceu para ouví-los.
Durante a tarde, os manifestantes se concentraram em frente à prefeitura, no Centro Cívico, para novos protestos. Parte da Avenida Cândido de Abreu, em frente ao paço municipal, ficou tomada pelos manifestantes e o trânsito apresentou lentidão. Agentes da Diretran orientavam o fluxo de veículos.
Pela manhã, cerca de 20 pessoas já haviam organizado um protesto em frente à Secretaria de Saúde de Curitiba, na Rua Francisco Torres, que chegou a ficar com uma faixa bloqueada.
Procurada pela reportagem da Gazeta do Povo, a secretária de Recursos Humanos de Curitiba, Maria do Carmo Oliveira, disse que as negociações com a categoria estão em curso, mas a prefeitura não pode, no momento, parar os trabalhos que envolvem interesses gerais dos funcionários públicos do município para atender somente a uma parcela.
Ela informou ainda que uma reunião já havia sido agendada em novembro com o Sismuc para que o assunto fosse discutido no dia 2 de fevereiro de 2012.
De acordo com a diretora de comunicação e imprensa do Sismuc, Alessandra Oliveira, a proposta da reunião em fevereiro foi rejeitada pelo Sindicato. "Não aceitamos discutir o assunto em 2012 por ser ano eleitoral", disse. Em 2012, Curitiba e os demais municípios terão eleições para prefeito e vereador.
Alessandra afirma que a greve vai continuar na segunda-feira (12). Os manifestantes programam um protesto às 8h, na Boca Maldita, no Centro da cidade.
Cerca de 300 servidores aderiram à greve. A maioria trabalha no Laboratório Municipal. Outros estão envolvidos com atividades de programas, como os voltados para a terceira idade.
Imbróglio
A maioria dos funcionários públicos da saúde (enfermeiros, técnicos em enfermagem, técnicos em higiene dental, auxiliares de consultório dentário e auxiliares) foi incluída no projeto de lei que altera a carga horária semanal da categoria. O protesto dos demais, que formam grupo de quase 1,2 mil, é para que todos os servidores sejam incluídos. A presidente do Sismuc, Marcela Alves Bomfim, diz que a alegação da prefeitura é que nem todos os servidores são da saúde.
Na segunda-feira (5), os trabalhadores que não foram beneficiados pela medida entraram em greve. A alteração foi aprovada na terça-feira (6) pela Câmara dos Vereadores, em primeira votação. Compõe o grupo de funcionários sem o benefício os nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, químicos, psicólogos, técnicos de laboratório e técnicos de saneamento.
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