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Ao contrário do que ocorreu na madrugada desta quinta-feira (11) para sexta (12), o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), vai ter uma cama para dormir. Arruda está preso na sala da Diretoria Técnico-Científico da Superintendência da Polícia Federal. Ele deve passar o carnaval preso.

Com o pedido de habeas corpus negado nesta sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, a PF resolveu providenciar uma cama para o governador. Arruda recebeu uma cama de solteiro, transferida de um alojamento de policiais do Distrito Federal. Segundo a PF, às 18h25 desta sexta o governador dormia na cama. Em sua primeira noite na PF, Arruda teve de descansar no sofá.

A sala onde Arruda está na Superintendência da Polícia Federal tem TV, um sofá, mesa com cadeira, banheiro privativo e ar-condicionado. A PF não informou as medidas da sala. O diretor geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, negou que o governador afastado tenha priviégios.

Até o final da tarde desta sexta, o governador afastado não havia ainda recebido a visita de familiares. Pela manhã, o Secretário de Transportes do Distrito Federal, Alberto Fraga, e o coronel Ivan Rocha, chefe da Casa Militar, visitaram o governador.

O secretário de Relações Institucionais, Marcos Vinícius Britto, e o deputado distrital Benedito Domingos (PP) foram impedidos pela PF de visitarem o governador. A Polícia Federal não informou o critério adotado para a seleção dos visitantes. O horário de visitas na Superintendência vai das 9h às 18h.

Prisões

Arruda foi preso nesta quinta-feira depois de o STJ decidir, por 12 votos a 2, que ele teria participado da tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra. Por meio de um emissário, Arruda teria proposto o pagamento de propina na tentativa de fazer com que Sombra mentisse em depoimento à Polícia Federal no inquérito que investiga um suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal.

A Corte Especial do STJ também decretou a prisão de mais cinco envolvidos na suposta tentativa de suborno. Um deles, Antonio Bento, havia sido preso pela PF em flagrante durante a tentativa de suborno. Os demais são Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário do governador, Wellington Moraes, ex-secretário de governo, o ex-deputado distrital Geraldo Naves (DEM), que agora é suplente, e Haroaldo Brasil Carvalho, ex-diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB).

Rodrigo Arantes se entregou à PF na noite de quinta-feira e Wellington Moraes e Haroaldo Brasil se entregaram nesta sexta. Todos foram transferidos nesta tarde para o presídio da Papuda, em Brasília. Geraldo Naves era considerado foragido até as 19h20 desta sexta.

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