O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), levantou nesta segunda-feira a hipótese de criação de uma nova CPI.

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- A possibilidade de prorrogação existe. Basta que se colham 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores. Agora, como essa exigência é a mesma para criar uma CPI nova, talvez fosse o caso de criar uma comissão para investigar o que está pendente - afirmou.

Na última quinta-feira, Serraglio havia anunciado apoio à prorrogação dos trabalhos. Na ocasião, no entanto, ele argumentou que as eleições deste ano dificultariam a execução das tarefas. Com prazo final previsto para 15 de abril, a data inicial para o término dos trabalhos era 15 de dezembro do ano passado.

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Novas denúncias, como o suposto envolvimento de 55 deputados do PMDB no esquema do mensalão (conforme divulgado pela revista "Veja" desta semana), preocupam os integrantes da CPI. Para o relator-adjunto deputado Maurício Rands (PT-PE), todas as denúncias são graves e devem ser apuradas, seja pela CPI, pelo Ministério Público, pela Controladoria-Geral da União ou pela Polícia Federal.

O assunto, segundo o parlamentar, deverá ser discutido ainda nesta semana.

- Vamos conversar com todos os integrantes da CPI e com as lideranças dos partidos para identificar qual o foro que deve conduzir essas apurações. Temos que ter muito cuidado, porque denúncias de irregularidades no Brasil sempre surgiram e vão continuar surgindo - avaliou Rands.

Outra denúncia surgida no último fim de semana aponta o senador Romero Jucá (PMDB-RR) como beneficiário de dinheiro das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, operador do mensalão. O ex-motorista de Jucá, Roberto Jefferson Marques, teria sacado a pedido do senador R$ 50 mil reais da conta de Valério no Banco Rural, em Brasília.

Conforme informou o sub-relator de Movimentação Financeira, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), Romero Jucá já entrou em contato com a CPI e se dispôs a prestar esclarecimentos. Segundo Fruet, o senador nega a denúncia e sustenta que seu ex-motorista teria negociado a gravação publicada na imprensa em troca de dinheiro.

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