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Em assembleia realizada no fim de semana em Brasília, servidores federais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de todo o país decidiram manter a greve nacional por tempo indeterminado, iniciada na semana passada. Nesta segunda- feira (22), o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social no estado do Paraná (SindiPrevsPR) mantém a informação de que 60% dos trabalhadores lotados em Curitiba estão de braços cruzados, enquanto a gerência regional do INSS considera que 8% do quadro teria aderido à paralisação.

Às 15 horas desta segunda, o SindiPrevsPR realiza uma assembleia para avaliar os efeitos e os rumos da greve. Jaqueline Mendes Gusmão, a diretora do sindicato, adianta que não há a possibilidade de a mobilização ser suspensa por enquanto. "Foi determinado, pelo comando nacional de greve, que manteríamos os braços cruzados", explica. Segundo Jaqueline, além da de 60% dos trabalhadores da gerência executiva de Curitiba, há adesão de funcionários de Londrina, no Norte, e Maringá, no Noroeste, ao movimento. "Servidores de Cascavel (Oeste) também já manifestaram a intenção de paralisar as atividades", afirma.

A assessoria de imprensa da gerência executiva regional do INSS, por sua vez, afirma que apenas 44 dos 550 servidores lotados em Curitiba e região, aderiram à greve. Além disso, segundo o INSS, apesar de seis agências, das 12 existentes, estarem com quadro reduzido, em apenas duas delas os atendimentos estão sendo reagendados – a agência Central de Curitiba (esquina da Rua João Negrão com Rua XV de Novembro) e a agência de São José dos Pinhais.

O órgão reforça a orientação para que os segurados não deixem de ir às agências para não perder a data atendimento para recebimento de pensões e aposentadorias ou perícias médicas. Para quem precisar apenas tirar dúvidas ou obter orientações, a Previdência recomenda a utilização do número de telefone 135.

Para a diretora do SindPrevsPR, o fato de haver reagendamento nas agências seria reflexo da intransigência do INSS. "A greve foi a última alternativa após várias tentativas de negociação com o governo", diz. "Eles dizem que o movimento está enfraquecido, mas se está havendo prejuízo no atendimento é porque estamos mobilizados", prossegue. Apesar do protesto, os servidores garantem que não haverá fechamento de agência ou suspensão total de atendimentos no Paraná.

No país

Em todo o Brasil, além do Paraná, o movimento grevista atinge outros 16 estados mais o Distrito Federal, segundo a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). Segundo levantamento do Ministério da Previdência Social, contudo, mais de 80% das agências do INSS em todo o país atenderam normalmente na última sexta-feira (19), quinto dia da greve. Uma reunião entre representantes da Fenasps e da Previdência Social está marcada para esta terça-feira (23).

Reivindicações

As principais reivindicações dos servidores são a elaboração de um plano de carreira e a realização de concurso público para a contratação de novos funcionários. Na avaliação do sindicato, um aumento do quadro atual de servidores é necessário para melhorar as condições de trabalho e desfazer o aumento da jornada de 30 para 40 horas semanais.

A greve em todo o país ocorre apesar de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter concedido, na semana passada, uma liminar determinando a suspensão do movimento. Na decisão, se a greve for mantida, a Fenasps receberá multa diária de R$ 100 mil. Até a manhã desta segunda, a entidade ainda aguardava decisão do STJ sobre um recurso ingressado na manhã do dia 16 com o pedido de anulação da liminar.

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