Matéria da Gazeta do Povo mostra que parlamentares paranaenses envolvidos com mensalão estão vivendo muito bem
Dois anos depois de serem apontados como protagonistas do escândalo do mensalão, a vida não está nada ruim para três dos paranaenses envolvidos no episódio. José Janene, José Borba e Emerson Palmieri continuam ligados à política. O primeiro se aposentou como deputado federal, mas ainda exerce um cargo expressivo no PP. Borba renunciou ao cargo na Câmara Federal, mas tem pretensões de se candidatar já no ano que vem. E Palmieri passou de tesoureiro para 1.º secretário nacional do PTB. Mesmo atuantes, saíram da mídia e seus nomes só voltaram à tona agora, com a divulgação da lista de 40 acusados que o Supremo Tribunal Federal (STF) julga a partir de hoje. Leia reportagem completa
No segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do esquema que ficou conhecido como mensalão, os advogados de defesa mantêm a estratégia dos colegas no primeiro dia e tentam desqualificar a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.
No primeiro dia, foram ouvidos os advogados de 21 dos 40 denunciados pelo procurador-geral.
Na quarta-feira, antes dos advogados, falaram o ministro do STF Joaquim Barbosa, relator do processo, e o procurador-geral da República. Antonio Fernando defendeu que o processo seja transformado em ação penal no STF e reiterou todas as 40 denúncias apresentadas. Segundo ele, os denunciados tiveram conduta "típica do submundo do crime".
Primeiro a falar nesta quinta-feira, o advogado Marcelo Luiz Ávila Bessa, que defende o ex-deputado federal do PL Bispo Rodrigues e o ex-presidente do partido Valdemar da Costa Neto negou as acusações contra os seus clientes. De acordo com o advogado, o procurador agiu apressadamente na formulação do processo com o intuito de dar uma resposta rápida "ao clamor da ruas".
Em seguida, foi a vez da defesa dos irmãos Lamas. Seu advogado fez um apelo no plenário pedindo que "se separe o joio do trigo" , uma vez que seus clientes "são inocentes mensageiros, e não mensaleiros".
A defesa de Roberto Jefferson, seguindo as anteriores, também tentou desqualificar o processo de acusação. Seu advogado, Luiz Francisco Barbosa, alegou que seu cliente deveria ser testemunha de acusação, e não réu.
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