A sub-relatoria de fundos de pensão da CPI dos Correios ouve na terça-feira, às 10h, o ex-secretário de comunicação do PT Marcelo Sereno. Os parlamentares querem detalhar a relação entre Sereno e as corretoras suspeitas de provocarem prejuízos em operações com recursos de fundos de pensão patrocinados por empresas estatais, para, supostamente, beneficiar partidos da base do governo.

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Nesta segunda-feira, a sub-relatoria terá os depoimentos dos representantes do fundo de pensão da Eletronuclear (Nucleos) Paulo Roberto de Almeida Figueiredo e Gildásio Amado Filho; do representante do Banco Santos José Mariano Drummond Filho; e do representante da Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social (Refer) Jorge Moura.

Na terça-feira, além de Marcelo Sereno, depõem os sócios da NK Prestação de Serviços Sociedades Simples Ltda. Alex Nawa e Leonardo Paes Borba.

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Na quarta-feira, , os integrantes da sub-relatoria vão ouvir o proprietário da corretora Stocklos, Lúcio Bolonha Funaro. Na mesma reunião, a sub-relatoria ouvirá representantes da corretora Cruzeiro do Sul - Ângela Celeste de Almeida Costa, Luís Felipe Índio da Costa, Luís Octávio Azevedo Lopes Índio da Costa e Luiz Fernando Pinheiro Guimarães de Carvalho - e o representante da corretora Brasil Central Cláudio Roberto Seabra de Almeida. A Cruzeiro do Sul e a Brasil Central são acusadas de fazerem parte do esquema de fabricar prejuízos nas contabilidades dos fundos de pensão para beneficiar políticos aliados ao governo.

Funaro é suspeito de ter participado de operações lesivas a vários fundos de pensão. Ele foi o criador da Guaranhuns, empresa offshore utilizada no esquema do empresário Marcos Valério para repassar recursos de caixa dois do PT para o PL. Até o ano passado, ele possuía transações financeiras com a Guaranhuns, o que levou a CPI a suspeitar que ainda seja o responsável pela empresa.

A Stocklos, por sua vez, é suspeita de ter se beneficiado em uma operação que causou prejuízo de aproximadamente R$ 32 milhões à Previ (entidade de previdência dos funcionários do Banco do Brasil). Esses recursos, posteriormente, teriam sido enviados a partidos da base do governo. A Previ nega essas operações.

Já na quinta-feira, deverá haver a acareação entre três ex-dirigentes do Nucleos (fundo de pensão dos funcionários da Eletronucelar): Paulo Roberto de Almeida Figueiredo, Fabiana Carneiro Carnaval e Gildásio Amado Filho. Segundo investigações da CPI, o fundo teria acumulado perdas de R$ 34 milhões em operações malfeitas no mercado financeiro.

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