O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, procurou minimizar os efeitos da entrevista do ex-secretário do PT Silvio Pereira ao Globo e a preocupação do governo em relação ao depoimento na CPI dos Bingos. O governo quer dar o caso por encerrado. Segundo Tarso, o ex-secretário do PT tem autonomia suficiente para decidir se deve ou não prestar depoimento à CPI dos Bingos, assim como decidiu dar a entrevista ao jornal.

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- Nem torcemos para o Silvinho ir nem para o Silvinho não ir. Essa é uma questão pessoal dele e sequer é uma questão do partido - disse Tarso, lembrando que Silvio Pereira deixou o PT para não ser expulso.

O governo insiste em ressaltar o suposto desequilíbrio emocional de Silvinho, lembrando a reação dele no segundo dia de entrevista ao Globo. Também que ele é uma pessoa "atormentada" desde que aceitou o Land Rover, presente da GDK, prestadora de serviços à Petrobras.

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- O governo considera encerrado esse episódio naquilo que lhe toca. Evidentemente, como salientou o presidente, o Silvinho pode dizer o que quiser - afirmou Tarso.

O ministro disse conhecer pouco Silvio Pereira, mas admitiu ter convivido com ele no PT. Mesmo assim, Tarso afirmou que ele está atormentado e classificou de comovente sua entrevista do ponto de vista humano, mas destacou que do ponto de vista político "não agregou nada para o governo".

- Mas sei que atualmente ele é uma pessoa muito atormentada, espiritualmente muito atormentada, pelo ato que ele se disse responsável de ter recebido aquele presente numa circunstância absolutamente indevida e ilegal. Ele fez uma grande catarse pública e se expôs publicamente para tentar recomeçar sua vida e assumir suas responsabilidades - disse Tarso.