Após um protesto realizado na manhã desta quinta-feira (21) em frente de sua casa em São Paulo, o vice-presidente Michel Temer decidiu, por orientação da segurança da Presidência da República, embarcar para Brasília. Em razão da viagem da presidente Dilma Rousseff a Nova York hoje para participar da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na ONU, Temer assumiu interinamente a Presidência. Segundo a assessoria do vice, ele já tinha feito planos de ficar até o fim de semana na capital paulista, onde moram sua mulher e filho, e não mudaria de planos, uma vez que para exercer o cargo de presidente, basta que esteja em território nacional. A manifestação na porta de sua casa motivou a decisão do vice.
Temer saiu de sua casa no Alto de Pinheiros, em São Paulo, às 15h50, para embarcar para Brasília. Segundo uma integrante da equipe de segurança da Presidência, o peemedebista ficou preocupado com o incômodo aos vizinhos após o protesto. “Temer temia que a vizinhança ficasse com raiva dele por causa do tumulto de manifestantes. No Palácio do Jaburu, ele fica mais isolado, porque o acesso é restrito”, disse o agente, que pediu anonimato.
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Leia a matéria completaO ato na porta de Temer, conhecido como escracho, durou cerca de 30 minutos. Os jovens pintaram com tinta branca no asfalto a frase “QG do Golpe” e estenderam uma faixa com a inscrição “Temer Golpista”. Por volta das 9h45, uma viatura da base comunitária móvel da Polícia Militar estacionou no local e os policiais isolaram a área com grades.
O presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, que esteve na casa de Temer, negou que a ida do presidente interino para a Brasília tenha relação com o protesto em frente à residência. Um dos principais articuladores do PMDB, o ex-ministro da Aviação Civil vai voltar para o Rio. “(A viagem de Temer para Brasília) Não atrapalha a articulação política. Pelo contrário, facilita”, disse, rapidamente, na saída da casa de Temer.
Limpeza
Duas horas após manifestantes do Levante Popular da Juventude terem pintado a inscrição “QG do golpe” no asfalto em frente à casa de Michel Temer, no Alto de Pinheiros, uma empresa de limpeza que presta serviços para Prefeitura de São Paulo apagou a pichação com jatos d’água.
Dois caminhões da Inova realizaram a lavagem em meia hora com pelo menos 12 funcionários. O comandante da operação não quis dizer quem havia solicitado o serviço “emergencial”. A prefeitura informou que a empresa foi acionada diretamente pela Polícia Militar e que a administração municipal não pagará pelo serviço.
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