O vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta quinta-feira (6) que não há desgaste entre o PMDB e o PT no governo federal. Na última semana, a disputa por cargos de segundo escalão provocou tensão entre os aliados. E o PMDB questionou o valor do salário mínimo fixado em R$ 540. "Não tem nenhum constrangimento. Tivemos um diálogo muito franco desde a transição. Essas coisas vão exigir ajustamento. Não há desgaste nenhum", disse Temer.
As declarações foram feitas logo após encontro com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul da capital. O PMDB tenta emplacar um valor acima dos R$ 540 proposto pelo governo.
O vice-presidente chegou a afirmar que "gostaria que o salário mínimo fosse de R$ 3 mil para os trabalhadores", mas garantiu que o PMDB irá votar um valor compatível com a capacidade orçamentária da União.
"O PMDB e outros partidos querem dar o maior mínimo possível para os trabalhadores. Vamos verificar se há algum aumento no valor inaugural de R$ 540. Ontem [quarta-feira ], deixei claro que o PMDB não vai se opor à tese do governo, se o governo não puder dar mais de R$ 540", afirmou.
Alianças
Temer afirmou ainda que o seu partido deve apoiar um candidato do partido da presidente Dilma Rousseff (PT) para presidência da Câmara dos Deputados, como já foi combinado e previsto em documento assinado pelos dois partidos aliados. "No tocante ao PMDB vale o documento que foi reiterado por Henrique Eduardo Alves (deputado federal do PMDB)", declarou.
O vice-presidente disse ainda que o PMDB defende que, para haver um governo de coalizão, é importante a presença de um ministro de outro partido, que não do PT, no Conselho de Coordenação do governo federal. Porém, não quis adiantar quem pode ser o indicado para exercer essa função. "Os seis ministros têm condições", disse.
Já a definição dos cargos de segundo escalão no governo Dilma foi suspensa.
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