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O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), prometeu neste sábado (12) que o partido não terá papel coadjuvante na aliança com o PT para a disputa das eleições presidenciais. "Não estamos fazendo um ajuntamento de pessoas, o PMDB está fazendo um ajuntamento de ideias", disse o parlamentar durante rápido discurso na Convenção Nacional do partido, que deve formalizar ainda neste sábado o nome do parlamentar paulista para vice da petista Dilma Rousseff.

Cercado pelas principais lideranças peemedebistas, Temer tentou eliminar a pecha de fisiologismo do partido, insistido que o PMDB terá papel fundamental na formulação de programa de governo da ex-ministra. "O PMDB está chegando antes, não está chegando depois. Vamos fazer uma coalizão política eleitoral programática", disse.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), também reforçou a tese sobre o papel efetivo do partido na construção do programa de Dilma. "Somos peça-chave no governo do presidente Lula, seremos peça-chave na eleição e na construção do governo da ministra Dilma", disse.

Apesar do ex-governador do Paraná Roberto Requião e do jornalista Antônio Pedreira terem forçado a discussão da candidatura própria à presidência da República, Temer deixou claro que controla o partido e que sairia vitorioso com a formalização de seu nome como vice na chapa de Dilma. "Hoje temos uma unidade que há muito não se via. Não é uma unidade baseada no autoritarismo, respeitamos as divergências internas", disse Temer.

O próprio Requião reconheceu em seu discurso que a tese da candidatura própria não vingaria. "Vai ser difícil. Não tivemos oportunidade do debate, viemos para a convenção como vassalo associado, sem proposta, sem programa", disse o ex-governador que deixou a reunião minutos antes da chegada de Temer. Antônio Pedreira foi ainda mais direto. "Nossa candidatura é simplesmente um protesto", disse.

A confiança na vitória foi expressa por Temer mesmo antes da votação. "Vamos começar a fazer campanha objetiva e diretamente" disse o presidente da Câmara ao chegar ao centro de convenções, onde se realizava o encontro. Temer chegou escoltado pelo senador Renan Calheiros (AL) e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que esperou apenas o fim do discurso de Temer para deixar a convenção.

Ainda assim, Temer pediu votos aos correligionários que lotavam o auditório. "Preciso de um voto robusto, significativo, que demonstre mais uma vez que há unidade absoluta do PMDB", disse.

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