O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ-DFT) determinou a indisponibilidade dos bens do ex-governador José Roberto Arruda (PR), acusado de envolvimento no esquema compra de apoio político conhecido com Mensalão do DEM, revelado em 2009.
Além de Arruda, também tiveram os bens bloqueados três empresas e 16 pessoas, entre elas o ex-vice-governador Paulo Octávio, Durval Barbosa (delator do esquema) e o ex-procurador de Justiça do DF Domingos Lamoglia. Todos são acusados pelo MPDFT de cometer atos ilícitos de desvio de dinheiro público. O valor total dos bens bloqueados por decisão do juiz Álvaro Luis Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública, ultrapassa R$ 195 milhões.
A decisão, de caráter liminar, tem como base seis ações cautelares do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, apresentadas com o objetivo de impedir que os réus se desfaçam ou ocultem seu patrimônio, dificultando o eventual ressarcimento dos prejuízos aos cofres públicos.
Na eleição deste ano, José Roberto Arruda chegou a liderar as pesquisas de intenção de votos para o governo do Distrito Federal. Ele, no entanto, teve de desistir da disputa após ser enquadrado como "ficha suja" pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que negou o registro da candidatura do ex-governador.
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