O secretário de Fazenda de Minas Gerais, José Afonso Bicalho, alertou nesta quinta-feira (14) que todos os estados correm o risco de decretar calamidade pública caso não haja mudanças na operação das finanças públicas estaduais. Ao participar de sessão especial do Fórum Nacional, organizado pelo ex-ministro de Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, defendeu “uma solução efetiva e dura”, para evitar o déficit e a crise nos estados.
“(Vivemos) uma situação muito difícil nos estados. O Rio já iniciou e outros estados estão falando da decretação de calamidade financeira dos estados. Os governadores do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste já foram ao ministro da Fazenda para falar que se não mudarem as coisas vão ter que decretar a calamidade. E eu creio que se continuar da forma que está, se não tiver algumas mudanças, provavelmente todos os estados, talvez só com a exceção de São Paulo, mas Minas sim, vão ter que decretar calamidade”, disse Bicalho.
- ‘É preciso modernizar as leis trabalhistas’, defende presidente da Mercedes-Benz
- Após polêmicas, Temer elogia Ricardo Barros em discurso
- MP de concessões expõe divergências e acentua disputa por poder entre Padilha e Moreira Franco
- Com plano de concessões, governo pretende reativar economia e gerar empregos
Nesta terça-feira (13), governadores de 14 estados, especialmente do Norte e Nordeste, se encontraram com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em busca de ajuda emergencial para lidar com a situação fiscal nos estados.
Entre os pontos defendidos pelo secretário de Fazenda estão a flexibilização para os gastos com saúde e educação, a reforma da previdência no âmbito estadual e o fim da guerra fiscal entre os estados. No caso de Minas Gerais especificamente, Bicalho afirmou que o déficit entre 2014 e 2017 chegará a R$ 25 bilhões.
“É o valor que tenho que pagar. Estamos acumulando e daqui a pouco vai explodir. E isso nos outros estados também vai existir”, afirmou ele.
Sem espaço fiscal para ajudar os estados
Apesar do quadro fiscal traçado por Bicalho durante a apresentação, a sinalização do governo é de que não está disposto a uma nova rodada de renegociação com os estados.
Questionado por jornalistas ao fim da apresentação, o chefe da assessoria do Ministério da Fazenda, Marcos Mendes, afirmou que a União não tem mais espaço fiscal para ajudar os estados. Ainda que tivesse, ponderou ele, isso não resolveria de forma definitiva o problema, já que a crise dos estados não é circunstancial.
Mendes sugeriu que os estados devem “fazer o dever de casa”, com a racionalização da folha de pagamentos e a reforma de suas previdências estaduais.
PF prende Braga Netto por ordem do STF
Braga Netto repassou dinheiro em sacola de vinho para operação que mataria Moraes, diz PF
Parlamentares de direita e integrantes do governo repercutem prisão de Braga Netto
“Plano B” de Eduardo expõe ruídos da direita em manter Bolsonaro como único candidato para 2026
Deixe sua opinião