Após confusão, oposição obtém presidência da Câmara de Ponta Grossa
Em uma votação apertada, o vereador Aliel Machado Bark (PCdoB), de 23 anos, foi eleito presidente da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa (Campos Gerais) em sessão especial realizada na tarde desta quinta-feira (3)
A vereadora Ana Maria Branco de Holleben (PT), suspeita de simular o próprio sequestro em Ponta Grossa, na última terça-feira (1º), continua detida em uma sala 13ª Subdivisão Policial do município, para onde foi levada na tarde de quinta-feira (3). A equipe da delegacia aguarda uma decisão judicial, que deverá ser emitida até o fim da tarde desta sexta-feira (4), para decidir o destino da vereadora.
Ana Maria estava hospitalizada, sob escolta policial, desde quarta-feira (2), depois de ser tida como desaparecida por um dia, após um suposto sequestro entre o local da cerimônia de posse e a Câmara de Vereadores. Quatro pessoas ligadas a ela permanecem detidas.
A vereadora recebeu alta do Hospital Regional, onde estava sob efeito de sedativos, e foi levada para a delegacia, sendo colocada em uma sala da 13ª Subdivisão Policial, acompanhada do filho. Os policiais disseram que ela não foi encaminhada a uma cela porque pode necessitar de cuidados médicos. O filho e a vereadora não puderam entrar com telefones celulares no local, e estão sem comunicação com o ambiente externo.
Submetida a depoimento, a vereadora se reservou o direito de não falar, alegando que está com a saúde debilitada. Ela foi vista rapidamente, por jornalistas, entre a delegacia e a sede do Instituto Médico Legal, onde fez exame de corpo de delito. Ela não quis se pronunciar à imprensa.
Mesmo sem o depoimento de Ana Maria, os autos do flagrante foram enviados à Justiça local, que irá avaliar o pedido de prisão feito pelo delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura. O pedido de prisão preventiva - que seria válido enquanto durarem as investigações - pode ser expedido ou não, dependendo do entendimento do juiz que analisar o caso.
O advogado da vereadora, Pablo Milanese, disse que, independentemente da decisão, irá entrar com pedido de liberação para tentar assegurar que ela seja libertada.
Outros suspeitos
O falso crime, segundo o delegado, foi admitido em depoimento por um funcionário da vereadora, o motorista Idalécio Valverde da Silva, pela a mulher dele, Suzicleia Valverde da Silva, ambos presos. "Eles contaram toda a trama", disse Cartaxo.
Adalto Valverde da Silva, irmão de Idalécio, também foi preso. Ele não estaria envolvido diretamente no caso, mas teria emprestado o telefone para que a vereadora ligasse para a família e dissesse que estava tudo bem com ela, quando comunicou o falso sequestro.
A polícia ainda investiga se houve participação de outros políticos na ação. "Essa possibilidade é real. Entretanto, entre a possibilidade real e a prova cabal, há uma diferença enorme", afirmou o delegado.
A vereadora, que ficou em local incerto por 24 horas, se apresentou espontaneamente num hospital da cidade, em "delicado estado de saúde", segundo a polícia.
Relembre o caso
A vereadora ficou desaparecida durante 24 horas, quando seu assessor Idalécio Valverde contou à polícia que Ana havia sido raptada por quatro pessoas. Na manhã desta quinta-feira, porém, Idalécio, mais o irmão Adalto e a esposa Suzicleia foram presos e, segundo policiais, contaram a farsa. A vereadora teve a prisão pedida e foi encontrada no Hospital Regional sob efeito de sedativos, de onde saiu para a delegacia, nesta tarde.
Ana e seus assessores deverão responder pelos crimes de formação de quadrilha, simulação de sequestro e fraude processual.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Deixe sua opinião