São 1,7 mil portos conectados em 144 rotas. O Canal do Panamá é um imenso centro de distribuição mundial. É assim que Larissa Barrios, da área comercial do Manzanillo International Terminal (MIT), porto localizado em Colon, do lado Atlântico do Panamá, descreve a obra.
O produto chega de determinada origem, é fracionado e direcionado para dezenas de outros destinos no mundo. A analista conta que, da carga operada pelo MIT, 25% o terminal recebe e 35% manda para América do Sul. A intenção é trabalhar cada vez mais com escala. Larissa acrescenta que começou o novo ciclo do canal recebendo semanalmente quatro NeoPanamax, o novo modelo de navios, com mais que o dobro de capacidade dos antigos. O plano é encerrar 2016 com cinco e fazer pelo menos sete NeoPanamax por semana no próximo ano.
Tendências
Em toneladas, no caso dos graneleiros, o tamanho das embarcações em capacidade passa de 60 mil para até 150 mil toneladas. Embora os navios disponíveis não passem de 120 mil toneladas. “A tendência que se desenha é para os grandes navios na rota Leste/Oeste e os menores no sentido Norte/Sul”, sugere Ernesto Mock, gerente da Norton Lilly. Segundo Mock, a tendência é que as embarcações maiores, quando não cruzam o canal, atraquem nas pontas, fracionem e distribuam a carga com destinos finais acima ou abaixo da América Central, seja na costa do lado Atlântico ou Pacífico da América do Sul e da América do Norte.
Os Estados Unidos, maiores beneficiados como clientes e fornecedores, têm ainda a prerrogativa da cabotagem, permitindo que embarcações de bandeira norte-americana cumpram a rota da costa Leste à costa Oeste do país. E vice-versa.