No Manzanillo International Terminal (MIT), as cargas vêm de quatro NeoPanamax por semana. A meta é receber sete navios semanalmente no próximo ano.| Foto: JONATHAN CAMPOS/GAZETA D POVO

São 1,7 mil portos conectados em 144 rotas. O Canal do Panamá é um imenso centro de distribuição mundial. É assim que Larissa Barrios, da área comercial do Manzanillo International Terminal (MIT), porto localizado em Colon, do lado Atlântico do Panamá, descreve a obra.

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O produto chega de determinada origem, é fracionado e direcionado para dezenas de outros destinos no mundo. A analista conta que, da carga operada pelo MIT, 25% o terminal recebe e 35% manda para América do Sul. A intenção é trabalhar cada vez mais com escala. Larissa acrescenta que começou o novo ciclo do canal recebendo semanalmente quatro NeoPanamax, o novo modelo de navios, com mais que o dobro de capacidade dos antigos. O plano é encerrar 2016 com cinco e fazer pelo menos sete NeoPanamax por semana no próximo ano.

Tendências

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Em toneladas, no caso dos graneleiros, o tamanho das embarcações em capacidade passa de 60 mil para até 150 mil toneladas. Embora os navios disponíveis não passem de 120 mil toneladas. “A tendência que se desenha é para os grandes navios na rota Leste/Oeste e os menores no sentido Norte/Sul”, sugere Ernesto Mock, gerente da Norton Lilly. Segundo Mock, a tendência é que as embarcações maiores, quando não cruzam o canal, atraquem nas pontas, fracionem e distribuam a carga com destinos finais acima ou abaixo da América Central, seja na costa do lado Atlântico ou Pacífico da América do Sul e da América do Norte.

Os Estados Unidos, maiores beneficiados como clientes e fornecedores, têm ainda a prerrogativa da cabotagem, permitindo que embarcações de bandeira norte-americana cumpram a rota da costa Leste à costa Oeste do país. E vice-versa.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Panamá é o 12º destino da Expedição Safra

Durante uma semana, a equipe de técnicos e jornalistas da Expedição Safra percorreu o Canal do Panamá de ponta a ponta, do Pacífico ao Atlântico. Acompanhada de analistas da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e INTL FCStone, conversou com operadores marítimos e portuários, agentes públicos e privados, clientes e fornecedores de produtos e serviços que movimentam o canal.

O grupo conheceu a nova e a antiga rota, visitou eclusas, portos, terminais de contêineres, a administração da ferrovia e a Autoridade do Canal do Panamá. O Panamá é o 12º país inserido no roteiro da Expedição Safra, que percorre 16 estados brasileiros e as regiões produtoras da Argentina, Paraguai, Uruguai e Estados Unidos. Nos roteiros extraordinários, foi à Alemanha, Holanda, Bélgica e França, China e Índia.