A Toyota lançou a nova Hilux no fim do ano passado inicialmente na motorização a diesel e com preço para a cabine dupla partindo de R$ 130.960 - a flex ficará para este segundo semestre. Quem pensava que o valor ‘salgado’ seria um inibidor de vendas para a picape, errou feio. Em pouco tempo, a oitava geração do modelo virou um sucesso comercial, emplacando o dobro da então líder do segmento Chevrolet S10.
Agora é a vez da Ford apostar nesta fórmula. A marca também lançará a reestilização da Ranger ‘aos poucos’. Em maio chegam às concessionárias as versões cabine dupla com motores a diesel e tração 4×4, partindo de R$ 129.900 na versão de 2.2 XLS e alcançando R$ 179.900 na topo de linha 3.2 Limited.
Os valores das configurações intermediárias serão revelados no próximo dia 8 de abril, quando acontece a apresentação oficial do modelo à imprensa. A motorização 2.5 flex deverá ficar para uma segunda fase tal qual a rival Hilux.
Segundo explicou Oswaldo Ramos, gerente de marketing da Ford, ao site G1, o motivo para lançar primeiro a versão mais cara é simplesmente por que ela vende mais. “É um Brasil que não vê crise. O segmento agropecuário continua crescendo”, declarou ao portal.
A Ford anuncia a nova Ranger como ‘a melhor de todos os tempos’. O discurso está vinculado às melhorias estruturais e de segurança acrescentadas na picape. Ela passa a ter cinco anos de garantia e vem de série com sete airbags, sistemas eletrônicos de estabilidade e tração, ganchos Isofix para cadeiras infantis, encostos de cabeça e cintos de segurança de três pontos para os ocupantes do banco traseiro.
Já na versão mais cara há recursos inéditos para a categoria, como alerta de colisão frontal (luzes se acendem no painel e os freios recebem uma pré-recarga para possibilitar que a reação do condutor aconteça rapidamente), piloto automático adaptativo (que freia e acelera o veículo automaticamente conforme o ritmo do trânsito à frente), sistema de permanência em faixa (identifica as marcações de rolamento da pista e avisa o motorista com vibrações no volante e alerta sonoro caso as faixas sejam invadidas sem que as setas de direção estejam acionadas), sistema de monitoramento da pressão dos pneus e farol alto automático (reduz a luminosidade ao cruzar com outro veículo em sentido contrário).
A Limited é equipada ainda com assistência de partida em rampas e controle de frenagem em descidas.
A reestilização da Ranger surgiu primeiro na Tailândia, há exatos 1 ano. Em setembro, ela foi exibida no Salão de Frankfurt (Alemanha).
Visualmente, as mudanças se concentram na grade frontal em formato hexagonal e unida à inferior por uma barra cromada, reforçando a robustez. Os faróis ficaram mais estreitos. A Limited traz rodas de liga leve aro 18 com nova aparência – antes elas eram aro 17. A Ford passa a oferecer também a pintura metálica vermelho Toscana.
Por dentro, o painel ganhou um novo design, com entradas de ar e quadro de instrumentos remodelados - este traz visores digitais (como no Fusion). Outras novidades são a tela de 8” da central multimídia SYNC e o volante e os comandos do ar-condicionado redesenhados.
Quanto à motorização, a Ford, por enquanto, só divulgou para a linha 2017 os já conhecidos blocos turbodiesel 2.2 quatro cilindros, de 160 cv e 39 kgfm de torque, 3.2 cinco cilindros, de 200 cv e 47,9 kgfm. Ambos com opções da transmissão manual e automática de seis marchas.
Os blocos a diesel tiveram um ligeiro reajuste, com a adição de novos bicos injetores, turbocompressores e desenho de cilindro. As modificações, segundo a marca, contribuem para a redução no nível de ruído e de vibração e a melhora no consumo de combustível - cerca de 15% mais econômica que a linha anterior.
O sistema de tração teve uma evolução, com 4x4 agora trazendo o controle eletrônico da caixa de transferência. A picape pode ser usada no modo 4x2 ou 4x4 (acionado por botão no painel em velocidades de até 120 km/h), além da 4x4 com reduzida e diferencial traseiro blocante.
Veja a diferença entre a linha 2017 e a atual Ranger
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