Invasão alemã
O ano de 2013 ficará marcado na indústria automobilística pelos investimentos das montadoras alemãs no Brasil. Confira a estratégia de cada uma:
BMW
A primeira fábrica da montadora no país começa a ser erguida no mês que vem em Araquari (SC) e entra em operação no próximo ano. De lá, sairão o hatch compacto Série 1 e o utilitário esportivo X1. Investimento: R$ 625 milhões.
Audi
Volta a fazer parceria com a Volkswagen em São José dos Pinhais. O primeiro modelo a sair da fábrica será o A3 Sedan, no segundo semestre de 2015. O lançamento do Q3 (já em nova geração) nacional ocorrerá em meados de 2016. Investimento: R$ 504,7 milhões.
Mercedes-Benz
Após encerrar a montagem do CLC em Juiz de Fora (MG), a marca escolheu Iracemápolis (SP) para retomar sua produção local de carros de passeio e comerciais leves. A fábrica ficará pronta em 2016, de onde sairá o Classe C, já em nova geração, e o utilitário GLA. Investimento: R$ 500 milhões.
Volkswagen
Depois mais de uma década produzindo a quarta geração do Golf em São José dos Pinhais, o veterano será substituído pelo modelo de sétima geração. Nacionalizado, deve chegar ao mercado até o início de 2015. Investimento: R$ 520 milhões.
Fox
De acordo com o executivo-chefe da Volkswagen no Brasil, Thomas Schmall, a produção da geração 7 do Golf não vai interferir na produção do Fox, que ocorre em São José.
R$ 2,15 bilhões é o volume de recursos aplicados pelas quatro principais montadoras alemãs Volkswagen, Audi, Mercedes-Benz e BMW na construção e ampliação de fábricas no Brasil até 2016.
O presidente e CEO da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall, anunciou ontem investimentos de R$ 520 milhões para produzir o novo Golf no Brasil, o que inclui a ampliação da fábrica da montadora em São José dos Pinhais, no Paraná.
O executivo disse que trabalha para ter o carro feito no país no período de dois anos. Ele se reuniu por cerca de 40 minutos com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, onde apresentou os planos.
Após o encontro, Dilma comemorou no Twitter : Nas últimas semanas, Audi & Mercedes também anunciaram R$ 1 bilhão de investimentos. São demonstrações reais de confiança na economia do Brasil".
Segundo maior mercado
O total que a Volkswagen planeja aportar no país chega a R$ 9,2 bilhões, entre 2012 e 2016, informou o CEO. Ele destacou que o Brasil é hoje o segundo maior mercado para a montadora fora da Alemanha. "Acreditamos que o Brasil crescerá com a Volkswagen nos próximos anos", disse.
Com os investimentos, a capacidade de produção da fábrica em São José dos Pinhais será ampliada em 20%, passando de 840 para 1.000 unidades por dia. Além disso, a ampliação tem potencial de gerar entre 400 e 700 empregos, acrescentou o executivo, a depender do volume do mercado.
Em São José dos Pinhais, serão produzidas unidades do Novo Golf com três diferentes motorizações: 1.4, 1.6 e 2.0. Schmall disse que já estão ocorrendo investimentos na fábrica.
O executivo afirmou ainda que a planta fabril paranaense está preparada para produzir plataformas em paralelo e que a decisão de trazer para o Brasil o Novo Golf não interferirá em outros modelos produzidos na fábrica, como o Fox.
Crescimento
Sobre o potencial do mercado, o executivo acredita que o país tem condições de chegar a 2018 com 5 milhões de carros produzidos.
Para tanto, Schmall conta com um potencial de crescimento econômico, uma vez que hoje cerca de 40% dos brasileiros não conseguem comprar um carro. O executivo finalizou reconhecendo que o novo regime automotivo, Inovar-Auto, "teve um grande impacto" na decisão de Volkswagen de ampliar os investimentos no país.
Vaga de gestor confirma fábrica da Land Rover
A Jaguar Land Rover já não esconde mais que vai erguer uma fábrica no Brasil em breve. Tanto que até publicou em seu site uma vaga para Gestor de Qualidade, exigindo domínio do português e uma carreira na área.
No anúncio, a empresa diz que o candidato vai comandar a equipe de produção e realizar o controle de qualidade dos veículos. Em troca, além do salário, o escolhido terá cobertura de saúde privada, seguro de viagem, bônus de acordo ao desempenho e uso consignado de dois carros, ou da Jaguar Land Rover, ou da Ford.
A marca britânica, controlada pela indiana Tata Motors, já havia demonstrado a intenção de construir uma fábrica no país, mas não fez anúncio oficial ainda. O Rio de Janeiro seria o destino mais provável. A empresa diz que a vaga existe e que ela é global.
Caso os planos para o Brasil não sigam adiante, o contratado seria designado para outro país. Os rumores dizem que o complexo vai produzir apenas modelos da Land Rover. Os mais cotados são Freelander e Evoque, os dois utilitários são os mais vendidos da marca no país.
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