Em 2005, na COP2, no Canadá, o Brasil, junto com a Nova Zelândia, não aceitou uma proposta de mudança no Protocolo de Cartagena.
A nova proposta é identificar, já no armazenamento e transporte de sementes, as cargas transgênicas com o rótulo "contém" ou "não contém" [transgênico]. A fórmula usada no Brasil é "pode conter".
Na categoria da anfitrião da MOP e por estar alinhado com países em desenvolvimento e megadiversos, muitos deles favoráveis às mudanças no Protocolo de Cartagena, o Brasil se vê pressionado a "fechar com a maioria", o que o indisporia com o grupo de grandes exportadores, como Argentina e Estados Unidos. Mas a posição do país ainda não foi divulgada.
Entre os argumentos para a resistência brasileira estão a existência no país de um forte controle de produtos transgênicos e uma legislação ambiental avançada. As mudanças no documento quadriplicariam os custos de armazenamento e prejudicariam o trânsito nos portos.
Produtividade tende a cair
Outra conclusão do seminário promovido pelo governo do estado é que a agricultura com transgênicos, no médio prazo, é antieconômica e insustentável. O professor Miguel Altieri, da Universidade da Califórnia, afirmou que o uso de transgênicos vem sendo utilizado para promover o controle de pragas, pois a planta com modificação genética fica mais resistente ao herbicida. Mas, ao longo do tempo, a produtividade tende a cair, pois o meio ambiente vai se degradando com o uso de produtos químicos. Walter Pengue, da Universidade de Buenos Aires, relatou, a partir da experiência argentina de 8 anos com soja transgênica, que já há pragas que estão se tornando resistentes ou ao herbicida usado no controle das ervas daninhas.
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