Janelas quebradas, móveis destroçados, borrifos de sangue no chão. Esse não é o cenário que estamos acostumados a ver em programas ou filmes baseados em heróis de quadrinhos, mas é bom se acostumar com a descrição: Demolidor, que estreou na última sexta -feira (10), no Netflix, não é uma série comum da Marvel.
Em Nova York, no apartamento de Matt Murdock (Charlie Cox), advogado cego que tem os demais sentidos ampliados e combate o crime, os destroços de uma grande luta adiantam o tom dos episódios da série – a primeira de cinco programas gerados pelo acordo entre Marvel e Netflix para trazer os heróis urbanos da editora à telinha. Demolidor é violento, realista e diferente do tom de Os Vingadores.
“Nada é gratuito”, explica Jeph Loeb, roteirista de HQs que virou produtor da Marvel nos projetos para tevê. “É uma série da Netflix e também da Marvel. Sim, é a mais ousada que já fizemos e acreditamos ser apropriada para o formato. Não é sobre violência ou sexo, é sobre realismo.”
Tanto que Demolidor teve seus 13 episódios filmados neste pequeno estúdio, onde ficam o escritório de advocacia de Murdock e seu parceiro, Foggy Nelson (Elden Henson), seu apartamento e o hospital Metro-General, fora pontos de verdade no Brooklyn.
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Leia a matéria completaAlém disso, o uniforme vermelho tão famoso nos quadrinhos não dá as caras em grande parte da temporada. Murdock usa uma bandana preta sobre os olhos para as missões iniciais, focadas em desembaraçar um esquema de tráfico humano pela máfia russa no bairro de Hell’s Kitchen (nos gibis, “Cozinha do Inferno”).
“Ele sai à noite para lutar contra homens armados. Matt se machuca. Muito”, diz Cox, que treinou artes marciais por um mês para a série. “Fiz o máximo de cenas até me impedirem por causa do perigo.”
Mas encontrar esse tom sombrio teve seus obstáculos. Em maio de 2014, semanas antes do começo das filmagens, o criador da série, Drew Goddard (O Segredo da Cabana), deixou o projeto para dedicar-se a Sexteto Sinistro, parte da franquia do Homem-Aranha, na Sony.
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