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Terra Papagallis, com dança e bonecos, estreia hoje na mostra Guritiba, no Colégio Estadual do Paraná | João Mussolin / Divulgação
Terra Papagallis, com dança e bonecos, estreia hoje na mostra Guritiba, no Colégio Estadual do Paraná| Foto: João Mussolin / Divulgação

Serviço

Este ano o Festival de Curitiba traz 32 espetáculos destinados ao público infantil, entre peças, musicais, performances e eventos especiais. Confira alguns deles, citados na matéria.

Alice no País das Maravilhas - Teatro Regina Vogue (Av. Sete de Setembro, 2775 - Lj., 2004), (41) 2101-8292. Direção de Maurício Vogue. Dias 2 a 4; 9 e 10 de abril, às 16 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia).

Terra Papagallis - Colégio Estadual do Paraná (Av. João Gualberto, 250), (41) 3304-8916. Direção de Lara Pinheiro. Dias 31 de março e 1º de abril, às 19h30, e dia 2 às, 16 horas. R$ 50 e R$ 25 (meia).

Um Mundo Debaixo do Meu Chapéu

Companhia do Abração – Auditório Raul Cruz (R. Paulo Ildefonso Assumpção, 725), (41) 3362-9595. Direção de Letícia Guimarães e David Mafra. Dias 2 e 9 de abril, às 18 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia).

A Fabulosa Redonda Flor

Companhia do Abração – Auditório Raul Cruz (R. Paulo Ildefonso Assumpção, 725), (41) 3362-9595. Direção de Bruno Godinho. Dia 3, às 16 horas, e dia 4, às 19 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia).

PUM! Histórias Mal Cheirosas

Companhia do Abração – Auditório Raul Cruz (R. Paulo Ildefonso Assumpção, 725), (41) 3362-9595. Direção de Cássio Schonarth. Dias 1º e 5, às 16 e às 19 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia).

A Princesa Engasgada

Companhia do Abração – Auditório Raul Cruz (R. Paulo Ildefonso Assumpção, 725), (41) 3362-9595. Direção de Cássio Schonarth. Dias 6 a 8 de abril, às 19 horas. Dia 6 também às 16 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia).

GUIA GAZETA DO POVO

O Guia Gazeta do Povo selecionou programas imperdíveis para você fazer na cidade logo após ver uma peça durante o Festival de Curitiba. Que tal esticar a noite com um jantar romântico, uma balada ou um barzinho para tomar aquela cerveja gelada com os amigos?! Assista ao vídeo e veja as dicas

Quando tinha um ano e meio, Marina foi ao seu primeiro Festival de Teatro de Curitiba. "Achei que ela ia ficar dispersa, correndo pelo teatro, mas ela ficou absolutamente fascinada", lembra a mãe, Fernanda Ávila. Seis anos se passaram e não houve um fim de semana em que Marina não fosse a alguma peça ou à contação de histórias na Casa da Bruxa, no Bosque do Alemão. Embora tenha se tornado mais seleta com as peças que assiste, o gosto da menina pela dramaturgia não diminuiu.

Saiba tudo sobre os espetáculos da Mostra Principal 2011 do Festival de Curitiba

Agora Fernanda se prepara para levar a filha mais nova, Olívia, de um ano e cinco meses, para assistir suas primeiras peças de teatro. "Sempre gostei de teatro infantil, meu pai me levava muito, e tenho lembranças claras de peças que foram muito importantes na minha formação. É um programa muito gostoso para tirar a criança de casa. Ao invés de ir para o shopping, prefiro ir ao teatro", conta.

Para a mãe, o mérito do Festival de Curitiba é a variedade de peças, para todas as idades e gostos. A grande dúvida de todos os pais que querem aproveitar o festival com seus filhos é saber quais peças escolher. E é preciso escolher bem, para não haver traumas. Preocupado com isso, o ator, diretor e dramaturgo Maurício Vogue, que dirige este ano o espetáculo Alice no País das Maravilhas, acha que deveria haver um cuidado maior por parte do festival na seleção das peças para a criançada.

"Se você decepciona uma criança hoje, a chance de ela se desinteressar por teatro é grande. Ela tem uma facilidade em ser conquistada, mas é muito crítica e não se deixa enganar facilmente. Por isso é muito importante a formação desse público infantil". Vogue completa afirmando que, sobretudo, é preciso uma atenção especial ao clima e ao ambiente da peça, para que a criança se sinta criança e possa se desenvolver.

Dança e cinema mudo

Dentre as diversas opções oferecidas pelo festival esse ano, o espetáculo Terra Papagallis, de São Paulo, promete ser uma boa opção de entretenimento para a garotada. Parceria do Balé da Cidade de São Paulo (BCSP) com o grupo Pia Fraus, o espetáculo utiliza dança e bonecos para contar a história de Manuela, uma menina que, após dias em alto mar, naufraga e é salva por um nativo de uma ilha repleta de animais.

Para a diretora do BCSP, Lara Pinheiro, as intervenções dos bonecos da trupe Pia Fraus casaram muito bem com a dança contemporânea: " Nunca havíamos trabalhado com bonecos, e os dançarinos precisaram mergulhar no projeto e aprender a contracenar com esses outros objetos, que são extensões de seus corpos". Ela conta também que considerou a formação de uma plateia infantil não só para o teatro, mas também para a dança, e nega que o espetáculo seja hermético por explorar formas de expressão do corpo menos literais.

"Como uma companhia pública, temos o dever de nos comunicar com a sociedade de uma forma abrangente. Por isso, há uma pesquisa muito grande na coreografia, e a dança entra para amarrar todos os outros elementos dramatúrgicos. O movimento não representa a história, ele é a história", afirma. Terra Pa­­pagallis faz parte da mostra Guritiba, que acontece no Colégio Estadual do Paraná, entre hoje e 10 de abril.

As trupes da cidade também preparam espetáculos poéticos para a criançada. A Companhia do Abração traz para o Fringe a peça Um Mundo Debaixo do Meu Chapéu. Inspirado pelo cinema mudo e pela intensa carga dramática de Charlie Chaplin, o espetáculo brinca com luzes e sombras e aposta nos movimentos cômicos do ator. Além dessa peça, o espaço cultural da Companhia do Abração será palco para outros três espetáculos infantis: A Fabulosa Redonda Flor (MG), PUM! Histórias Mal Cheirosas (RS) e A Princesa Engasgada (RS).

Para a fundadora da Companhia, Letícia Guimarães, o espaço cultural é um atrativo forte para formar público: "Hoje temos muitos pais que trazem seus filhos para fazer teatro conosco, e isso desperta um interesse maior pelos palcos", diz.

Letícia afirma que, mais do que formar uma plateia, o teatro ajuda a formar a sensibilidade da criança, em meio a tantos outros atrativos que o entretenimento infantil oferece. "É preciso provocar a criança a entrar nesse mundo lúdico, que já é seu de direito. Sentir o inesperado, sentir os seus sentimentos sendo provocados é um bom caminho para formar um público".

Maurício Vogue concorda: "Os espetáculos infantis são importantes para a criança enxergar o mundo de outra maneira, abrir a cabeça e agregar elementos para sua formação que, no futuro, irão alterar a maneira como ela viverá a juventude e a velhice. É preciso recuperar a infância e não deixar isso morrer".

Serviço:

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