No ar desde o início do mês de janeiro, a partir desta quinta-feira (15), a trama da série "Amazônia" chega aos anos 40, período da decadência da borracha e de intensa campanha do governo federal para recrutar nordestinos dispostos a migrar para o Acre e coletar látex para os Estados Unidos. O motivo da campanha é que a Malásia, que no século 19 havia pirateado a borracha da Amazônia e se transformado no principal fornecedor do produto para os Estados Unidos, vinha sendo boicotada pelos americanos desde sua ocupação pelo Japão, durante a Segunda Guerra. A nova fase da trama foi baseada em dois romances acreanos: "Terra Caída", de José Potiguara, e "Seringal", de Miguel Ferrante, pai de Glória Perez.

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Alguns personagens da primeira fase continuam na trama: o seringueiro Bento (agora Emílio Orciollo Neto), estará agora decepcionado com o amigo de infância, Augusto (Humberto Martins), que, depois da morte do pai, o coronel Firmino (José de Abreu), conduzirá o seringal com mão-de-ferro e se casará, por procuração, com Risoleta (Júlia Lemmertz). A jovem terá um caso com o cunhado Leandro (Dan Stulbach), que pensa ser filho da falecida Júlia (Malu Vale). Augusto, por sua vez, tem um caso com Anália (Letícia Spiller), mulher do chefe do armazém, Tiburtino (Ernani Moraes), que finge não perceber a traição. Na sede do seringal, volta e meia passarão longas temporadas a prostituta Justine (Zezé Polessa), viúva de Firmino, e Beatriz (Irene Ravache). As duas vão viver juntas mas sempre brigando.

Entre os seringueiros, estarão Ramiro (Caio Blat), que acredita ser filho de Delzuite (Giovanna Antonelli) e do boto; o pequeno Chico Mendes (Bruno Abrahão); Amâncio (Rony Acácio), que se rebela contra a exploração; e Toinho (André Artache), órfão abrigado por Augusto e apaixonado por Ritinha (Brendha Haddad). Esta será violentada por Carlinhos (Pedro Furtado), filho do governador do Acre.

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Na cidade, vão se destacar o poeta Juvenal (Diogo Vilela), figura folclórica da história do Acre, e Mestre Irineu Serra (Milton Gonçalves), maranhense que introduziu o chá Ayuascar em Rio Branco e fundou o Santo Daime.

Embora tenha colocado o ponto final em "Amazônia – De Galvez a Chico Mendes" há 15 dias, a autora acreana Glória Perez continua envolvida com a minissérie que conta a história do seu estado: na última quinta-feira, embarcou para Rio Branco, onde serão gravadas cenas da segunda e da terceira fases.

Assinantes da Gazeta do Povo podem conferir, clicanco aqui, a entrevista com a autora da trama.