Pela manhã, a moeda chegou a R$ 3,81| Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O dólar à vista fechou praticamente estável nesta quinta-feira, 3, em leve alta de 0,03%, aos R$ 3,754. A estabilidade da cotação, no entanto, está longe de indicar um dia tranquilo no mercado de câmbio. A sessão foi marcada por intensa volatilidade, com as atenções dos investidores bastante focadas no cenário doméstico, principalmente no noticiário em torno do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

CARREGANDO :)

As especulações em torno da permanência do ministro deram o tom dos negócios pela manhã e à tarde, ora com percepções negativas, ora com análises positivas. Pela manhã, o dólar atingiu a máxima de R$ 3,816 (+1,68%), num movimento atribuído a uma queda de braço do mercado com o Banco Central, em torno de uma possível intervenção no mercado à vista - que não aconteceu.

Publicidade

A puxada das cotações do dólar para o patamar além dos R$ 3,81, no entanto, acabou por desencadear uma realização de lucros no mercado futuro, o que fez a cotação desacelerar o ritmo de alta também no mercado à vista. Um repique pontual aconteceu no início da tarde, com a notícia de que Levy havia cancelado sua visita à Turquia, para o encontro do G-20, para participar de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e os ministros Nelson Barbosa, do Planejamento, e Aloizio Mercadante, da Casa Civil.

A primeira leitura da notícia foi negativa, reforçando as especulações em torno da permanência de Levy no governo. Num segundo momento, no entanto, o mercado avaliou positivamente o encontro, que teria por objetivo buscar formas de fortalecer Levy, justamente como resposta às recentes especulações. Para essa tese, contribuiu o fato de o ministro da Fazenda ter mantido os demais compromissos no exterior, no caso a viagem a Paris e Madri. Com isso, o mercado voltou a realizar lucros mais nitidamente, e o dólar passou a renovar sucessivas mínimas, chegando a cair 0,43% (R$ 3,737), antes de retornar ao patamar próximo do fechamento de ontem.

Juros ficam em baixa em dia marcado pela volatilidade

Um dia após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve estável a taxa Selic em 14,25%, as taxas de juros negociadas no mercado futuro fecharam em baixa nesta quinta-feira, 3, em uma sessão marcada por intensa volatilidade. As atenções dos investidores estiveram bastante focadas no cenário doméstico, principalmente no noticiário em torno do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

As especulações em torno da permanência de Levy deram o tom dos negócios pela manhã e à tarde, ora com percepções negativas, ora com análises positivas. Em meio à volatilidade e à distorção de preços nos mercados, o Tesouro cancelou o leilão de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F). Em comunicado, o Tesouro informou que acompanha de perto as condições de mercado, podendo alterar a estratégia de emissões de modo a minimizar a volatilidade no mercado de títulos públicos e assegurar um adequado equilíbrio entre custos e riscos para a Dívida Pública Federal.

Após um arrefecimento das taxas, com influência da menor pressão sobre o mercado de câmbio, um repique pontual aconteceu no início da tarde, com a notícia de que Levy havia cancelado sua visita à Turquia, para o encontro do G-20, para participar de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e os ministros Nelson Barbosa, do Planejamento, e Aloizio Mercadante, da Casa Civil.

A primeira leitura da notícia foi negativa, reforçando as especulações em torno da permanência de Levy no governo. Num segundo momento, no entanto, o mercado avaliou positivamente o encontro, que teria por objetivo buscar formas de fortalecer Levy, justamente como resposta às recentes especulações. Para essa tese, contribuiu o fato de o ministro da Fazenda ter mantido os demais compromissos no exterior, no caso a viagem a Paris e Madri. Com isso, as taxas voltaram a encontrar espaço para cair.

No final dos negócios no horário regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 teve taxa de 14,315%, abaixo dos 14,385% do ajuste de ontem. No DI para janeiro de 2017, a taxa fechou em 14,71%, ante 14,80%. O DIs para 2019 apontou 14,80%, de 14,90% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 indicou 14,65%, contra 14,72% no ajuste anterior.