O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, prevê que os primeiros funcionários da nova estatal do petróleo, deverão ser aposentados da Petrobras. Segundo ele, isso deve ocorrer num primeiro momento já que no mercado brasileiro atual são os únicos que têm a experiência suficiente para atender a demanda da empresa que irá fiscalizar e controlar os custos das empresas que irão explorar o pré-sal.
- São eles que têm experiência para assumir essa função - disse Gabrielli.
Na opinião de Gabrielli, com o tempo outras contratações poderão ser feitas com a formação de novos quadros no mercado brasileiro. Atualmente, segundo ele, não se pode contratar pessoas da Petrobras, nem de outras empresas, porque se configuraria conflito de interesse. Gabrielli também estimou que, no campo de Tupi, o custo de produção do barril de petróleo será de US$ 40 a US$ 45 o barril. No entanto, ele alertou que o preço deverá ser diferente em outros campos.
Executivo minimiza importância da Lei do Petróleo
Gabrielli disse ainda que o aumento da produção e petróleo verificado no Brasil de 1998 a 2008 não pode ser atribuído a Lei do Petróleo 9.478, sancionada no governo Fernando Henrique (1998), que abriu o mercado brasileiro para outras empresas internacionais. Segundo ele, esse aumento de produção deve-se aos campos de Marlim, Marilm Sul, Albacora Leste , Golfinho , Jubarte, Roncador, entre outros. Gabrielli disse que todos esses campos foram descobertas anteriores do início do processo de concessão de áreas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Ou seja, já existiam antes das licitações.
- A lei é importante e teria aberto a oportunidade de a Petrobras aumentar sua capacidade exploratória. Mas todos (poços) vieram de antes da rodada zero (a primeira rodada de licitação feita pela ANP em 1998) - disse Gabrielli, completando:
- Não se pode dizer que a ampliação das áreas de exploração seja resultado da 9.478 .
Desta forma, Gabrielli procurou deixar claro que o aumento da produção brasileira deve-se aos esforço da própria Petrobras, e não a entrada de competidores privados no mercado brasileiro.
- A lei não chega a ter as vantagens atribuídas a ela - afirmou.
Gabrielli participa de audiência na Câmara na comissão que trata da divisão de partilha do pré-sal. Ele explica o ponto de vista da empresa em relação aos poderes atribuídos pelo projeto como: ser operadora única e ter a prerrogativa de ser a única operadora em campos se o governo assim desejar.
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