A Avon quer aproveitar a crise econômica no Brasil e o aumento do número de desempregados para recrutar mais revendedoras no país – que hoje responde por 20% das vendas da companhia em todo o mundo. A empresa lança nesta sexta-feira (26) uma nova campanha publicitária que enfatiza a independência financeira feminina. Dos 1,5 milhão de revendedores da marca no Brasil, mais de 90% são mulheres.
“Historicamente, quando o mercado passa por uma crise e as pessoas estão mais endividadas, elas procuram a venda direta para complementar a renda”, diz o vice-presidente de Marketing da Avon no Brasil, Ricardo Patrocínio.
A tentativa da companhia de reforçar seu time de vendas ocorre num momento difícil para o setor de cosméticos. Além da retração da economia, a alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em maio, também foi um ponto negativo. A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) estima que, em 2015, haja queda média de 7% no volume de vendas de produtos como batons, esmaltes e cremes. A associação estima ainda uma procura maior de itens de menor valor agregado.
No Brasil, 4,5 milhões de pessoas revendem cosméticos, de acordo com o balanço de 2014 da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas. Em 2014, esse segmento movimentou R$ 41,66 bilhões em volume de negócios, um crescimento de 0,2% em relação ao ano anterior.
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