As principais bolsas de valores da Ásia fecharam em queda nesta segunda-feira (2), com as previsões de resultados de empresas sendo reduzidas à medida que economia global se deteriora rapidamente. Isso levou investidores ao iene e ao dólar norte-americano, que atingiu o patamar mais alto em relação ao euro em dois meses.
Do setor automotivo às empresas de tecnologia, companhias estão reduzindo as suas previsões de resultados devido à piora do ambiente para negócios e gastos de consumidores.
Ações da Hitachi mergulharam 17% após a empresa ter feito alerta de prejuízo anual recorde devido a vendas fracas, iene valorizado e custos crescentes com reestruturação de operações. O prejuízo de 7,8 bilhões de dólares será a maior perda anual da história para uma fabricante japonesa.
A demanda em diminuição de economias desenvolvidas no Ocidente continua a devastar as exportações dos mercados asiáticos e a reverberar pelos mercados financeiros. As exportações sul-coreanas encolheram um terço em janeiro em comparação com um ano antes.
"Não há dúvida de que a economia global piorou um tanto, e preocupações quanto a isso formarão em um cabo-de-guerra com expectativas por políticas de estímulo econômico", disse Hiroichi Nishi, gerente geral da divisão de ativos do Nikko Cordial Securities em Tóquio.
O índice Nikkei da bolsa de Tóquio caiu 1,5 por cento, em queda pela segunda sessão consecutiva. Já as ações da NEC e da Mitsubishi despencaram 5,7 e 9 por cento, respectivamente, após as duas companhias terem cortado previsões de lucro.
Na Austrália, a bolsa de Sydney registrou perda de 1,22 por cento, as ações da mineradora Rio Tinto tiveram valorização de 5,5 por cento após a Chinalco, produtora chinesa estatal de alumínio, ter feito negociações com a Rio para adquirir parte da empresa.
O índice MSI que reúne bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão operava em queda de 2,46 por cento, às 7h46 (horário de Brasília).
O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 3,14 por cento com baixo volume de negócios, puxado por um declínio de 3,45 por cento das ações do HSBC. A instituição viu suas ações listadas em Hong Kong registrarem o sexto mês seguido de desvalorização em janeiro, sob temores de que terá de seguir o mesmo caminho de outras instituições financeiras britânicas: levantar capital ou cortar dividendos.
Na bolsa de Seul, a desvalorização foi de 1,3 por cento, enquanto em Cingapura houve queda de 2,4 por cento. Na contramão, Xangai terminou em alta de 1,1 por cento, enquanto Taiwan teve alta de 0,28 por cento.