A "captação negativa" no início de janeiro ocorre logo depois de um resultado que pode ser considerado forte em dezembro de 2014, de depósitos R$ 5,428 bilhões maiores do que as retiradas| Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Passado o Natal e chegada a temporada de pagamento de impostos, matrículas e material escolar, os brasileiros começaram o ano sem sobra de recursos para aplicar na poupança. Ao contrário, tiveram necessidades financeiras e decidiram retirar dinheiro da aplicação no primeiro mês de 2015.

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A caderneta de poupança teve em janeiro a maior perda de aplicações já registrada pelo Banco Central. Os saques superaram os depósitos em R$ 5,5 bilhões, maior saldo negativo da série histórica oficial, que começa em janeiro de 1995.

O número é a diferença entre depósitos no valor de R$ 147,5 bilhões e retiradas de R$ 153,0 bilhões. Esses dois números são recordes para este mês do ano.

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O recorde anterior era um saldo negativo de R$ 3,8 bilhões em fevereiro de 2006.

Janeiro é um mês que não tem uma tendência definida em relação à captação da poupança. Até 2006, prevaleceram resultados negativos neste período. Naquela época, no entanto, essa aplicação apresentava frequentemente saída de recursos, em qualquer mês do ano.

A partir de 2007, os saldos positivos é que se tornaram comuns em praticamente todos os meses. Desde então, foram três resultado negativos e seis positivos para o primeiro mês do ano.

Virada

A "captação negativa" no início de janeiro ocorre logo depois de um resultado que pode ser considerado forte em dezembro de 2014, de depósitos R$ 5,428 bilhões maiores do que as retiradas.

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A poupança costuma inflar nos últimos meses do ano por causa do pagamento do 13º salário. Mesmo positivo, o resultado de dezembro, no entanto, havia sido o pior para o mês desde 2011, quando somou R$ 3,590 bilhões.

A forma de remuneração da aplicação mudou em maio de 2012. Pela nova regra, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR).

Atualmente, a taxa básica está em 12,25% ao ano. Quando o juro sobe a partir de 8,75% ao ano passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais a TR.