Caminhoneiros em greve fazem protestos e interditam faixas das rodovias federais em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul na manhã desta terça-feira (31).
Em São Paulo, os bloqueios causavam lentidão na pista sentido Rio de Janeiro da rodovia Presidente Dutra, do km 27 ao km 24, em Silveira (a 231 km de São Paulo).
No Rio de Janeiro, os manifestantes também fazem cinco interdições na via Dutra. No sentido São Paulo da rodovia, havia retenção do km 227 ao 228, na serra das Araras; e do km 264 ao km 276, em Barra Mansa.
Na pista sentido Rio, a interdição mais crítica ocorria do km 287 ao km 273, na região de Barra Mansa. Também havia bloqueio próximo da cidade de Resende, com lentidão entre o km 306 e o km 302; e em Porto Real, entre o km 291 e o km 290.
Já no Espírito Santo havia bloqueios parciais em ambos os sentidos da rodovia BR-262, km 9, em Viana. Na BR-101, caminhoneiros se concentravam em Cariacica, no km 284; em Iconha, no km 374; e em Linhares, no km 158.
No Paraná, o protesto afetava duas rodovias em cinco pontos diferentes onde os manifestantes impediam a passagem de caminhões.
Na BR-277 o bloqueio estava concentrado em Medianeira, no km 670. Já na BR-163, os pontos de protesto estavam na região de Barracão, no km 7; em Pranchita, no km 42; em Pérola D'Oeste, no km 64; e em Capanema, no km 86.
Em Santa Catarina, os grevistas interditam ao menos três rodovias federais. Eles permitem a passagem apenas de carros, ônibus, ambulâncias e veículos com cargas perecíveis.
O tráfego estava parcialmente interditado na BR-282 nas cidades de Maravilha, no km 605; em Catanduvas, no km 406; e em São Miguel do Oeste, no km 645. Na rodovia BR-158 o bloqueio ocorre em Cunha Porã, no km 110; na BR-163 há uma interdição em Dionísio Cerqueira, no km 121.
No Rio Grande do Sul, havia interdição de faixas nos dois sentidos da rodovia BR-101 -principal rodovia de saída do Estado.
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o problema estava localizado no km 22, em Três Cachoeiras, onde havia 6 km de congestionamento em cada sentido. Cerca de 300 caminhões estavam estacionados na via, e os caminhoneiros permitiam apenas a passagem de carros, ambulâncias e ônibus.
Motivos
A greve dos caminhoneiros, que não tem o apoio dos sindicatos da categoria, tenta derrubar mudanças implementadas pelo governo federal para o setor de transporte rodoviário do país, como o cartão-frete (que formaliza a contratação dos motoristas autônomos) e a lei que institui o controle de jornada de trabalho da categoria.
A Lei Federal 12.619 obriga o trabalhador a ter descanso de 11h entre duas jornadas de trabalho, uma hora por dia de parada para almoço e repouso de 30 minutos a cada quatro horas rodadas. A lei foi publicada pelo Governo Federal no dia 30 de abril e tem como objetivo evitar que motoristas rodem dia e noite sem paradas, para diminuir as mortes nas estradas.
Nélio Botelho, coordenador do MUBC (Movimento União Brasil Caminhoneiro), afirma que as medidas têm reduzido a oferta de frete para os profissionais e diminuído os rendimentos em razão das restrições de horário de trabalho. Os caminhoneiros também reclamam da falta de estrutura das rodovias para cumprir as paradas obrigatórias previstas em lei, de quatro em quatro horas.
De acordo com Botelho, o protesto dos caminhoneiros tem enfrentado baixa adesão especialmente em São Paulo e nos Estados do Centro-Oeste, em que o setor de transporte rodoviário é controlado por grandes transportadoras e por multinacionais embarcadoras de grãos.
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