A Casa Branca afirmou nesta sexta-feira (26) não ver razão alguma pela qual o pacote de resgate do sistema financeiro dos Estados Unidos não seja finalizado até segunda-feira (29).
De acordo com a Casa Branca, ainda há muito trabalho a ser feito sobre a legislação do pacote de resgate do sistema financeiro dos Estados Unidos, mas os esforços continuam caminhando em uma direção positiva.
"Temos muito trabalho a fazer, mas as coisas continuam indo na direção correta", disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. Ela acrescentou que o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, está no Capitólio conversando com parlamentares.
Rapidez
O presidente George W. Bush disse que os US$ 700 bilhões para os bancos serão liberados. "Precisamos rapidamente de um plano de resgate dos bancos em dificuldades", afirmou o presidente dos EUA, em um rápido comunicado na televisão. Para Bush, "existe falta de acordo sobre alguns aspectos do plano de resgate, mas não que alguma coisa precisa ser feita".
No entanto, ele admitiu que os EUA "têm um grande problema". Segundo o presidente, "o processo legislativo não é bonito". "Nós vamos aprovar um plano de resgate", disse Bush, que se disse confiante na busca de um consenso entre os partidos Republicano e Democrata para a aprovação do pacote.
Impasse
Após o anúncio de um acordo preliminar entre os partidos democrata e republicano durante a tarde de quinta-feira, o plano de socorro de US$ 700 bilhões do governo americano para o setor financeiro enfrenta um impasse.
Os líderes dos partidos seguirão reunidos nesta sexta com os principais especialistas econômicos do governo, na esperança de alcançar um acordo antes do recesso parlamentar americano. A interrupção deveria começar nesta sexta, mas poderá ser adiada devido às negociações.
Falta de consenso
Após participar da reunião, o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, afirmou que o acordo virá "no devido tempo", mas que são necessárias novas reuniões para que se chegue a um consenso.
"Ainda são necessárias discussões entre o presidente George W. Bush e seus aliados republicanos - incluindo John McCain, o candidato do partido - para que eles definam "o que querem exatamente", afirmou o senador à rede de TV "CNN".
Segundo ele, do ponto de vista democrata, o programa de ajuda não pode ser um "socorro aos CEOs" (executivos de bancos), mas sim ter o objetivo de evitar problemas sérios para o contribuinte americano, incluindo a desvalorização dos planos de aposentadoria.
Por sua vez, McCain também se disse otimista. "Tenho confiança que conseguiremos um acordo que agrade à maioria dos colegas do meu lado, assim como a maioria do outro lado", declarou em entrevista à rede de TV "CBS".
O candidato republicano negou que um acordo teria sido alcançado anteriormente. "Eu sabia, ao entrar, porque já havia estado com meus colegas republicanos na Câmara, que nunca houve um acordo. Mas eu acredito que a reunião foi importante para fazer o processo avançar", afirmou McCain.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião