A piora no mercado internacional no final da tarde anulou a queda exibida pelo dólar no início desta quarta-feira (26), e a moeda norte-americana terminou com discreta alta após uma sessão volátil.
O dólar teve variação positiva de 0,05 por cento, a 1,869 real.
Na véspera, a preocupação com a crise de dívida na Europa empurrou a moeda a 1,904 real durante os negócios, maior patamar desde setembro de 2009. Mas a quarta-feira começou com o dólar em baixa de mais de 1 por cento.
"Era um pouco de correção. Ontem o mercado tinha melhorado (no final do dia), mas não deu tempo do câmbio se recuperar", afirmou Rossano Oltramari, analista da corretora XP Investimentos.
"Os investidores aproveitaram um pouco as pechinchas dos últimos dias (após a forte queda de ações e outros ativos) para comprar um pouco mais de risco", acrescentou.
O risco Brasil caía 8 pontos-básicos no fim da tarde. As commodities tinham alta de 1,6 por cento, segundo o índice Reuters-Jefferies.
Mas isso não significou o fim da turbulência. O euro passou a cair mais de 1 por cento no fim da tarde, abaixo de 1,22 dólar, e outras moedas de países emergentes, como o peso mexicano, se desvalorizavam em relação ao dólar.
A moeda europeia perdia valor com a notícia, publicada pelo jornal Financial Times, de que a China está revisando a posição em bônus da zona do euro por causa da preocupação com os déficits de países como Grécia e Portugal.
"O que tem de certeza é que a volatilidade continua. Ontem a bolsa abriu com 2 por cento de queda, hoje abre com 2 por cento de alta", ilustrou Oltramari. "O nível de incerteza continua muito grande".
Na agenda de quinta-feira, está prevista a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do primeiro trimestre, além de outros dados. O mercado também acompanha a visita do secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, à Europa.