Há uma semana em greve, os bancários mantiveram fechadas 7.723 agências em todo o país nesta quarta-feira (6), quase o dobro dos estabelecimentos que não abriram suas portas no primeiro dia de paralisação (3.864), segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)
O cálculo é feito com base nos números informados pelos sindicatos. Proporcionalmente, isso representa quase 39% do total de agências instaladas no Brasil. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o país conta com 19.830 agências bancárias. De acordo com a Contraf, essa é a maior greve da categoria bancária nos últimos 20 anos.
Os bancários reivindicam reajuste de 11%, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção à saúde com foco no combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, segurança contra assaltos e sequestros e fim da precarização via correspondentes bancários, entre outros pontos.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece reposição da inflação (4,29%).
De um lado, a Contraf diz que os bancos não apresentam nenhuma nova proposta aos bancários e nem sequer responde às cartas enviadas pelo movimento. De outro, a Fenaban garante que aceita negociar, mas que os grevistas limitam-se a mandar cartas sem, contudo, marcar uma data para retomar as discussões.
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