Começou nessa segunda-feira o Fórum Internacional de Sustentabilidade Empreendedorismo (Empresar 2013), promovido pela Escola de Negócios da Universidade Positivo (UP) com o apoio do projeto Empreender-PME da Gazeta do Povo. O evento, que tem por objetivo incentivar novas práticas empreendedoras no país, traz a Curitiba, até esta terça-feira, doze palestrantes internacionais para discutir questões relacionadas ao empreendedorismo de alto impacto.
A palestra de abertura de evento discutiu o papel da nova economia dentro do empreendedorismo. Ricardo Catto, consultor empresarial da Ernst & Young Terco, discutiu as características do empreendedor e a necessidade da empresa ir além das obrigações legais. Para Catto, é de extrema importância que os colaboradores estejam cientes da contribuição do trabalho que realizam para a sociedade. "É importante que o empresário crie valores dentro da instituição", afirmou.
O consultor ainda destacou as principais áreas que um empreendedor deve investir para obter êxito, de acordo com os presidentes de 80 empresas de sucesso educação, cidade sustentável, indústria, agronegócio, nova economia e serviços de biodiversidade. "De acordo com essa pesquisa, quem investir em qualquer uma dessas seis áreas terá sucesso. É importante que o empreendedor invista no que a sociedade precisa", explicou o consultor.
Em outra palestra, Hans Wahl, diretor executivo do Programa de Empreendedorismo Social da Insead, elencou cinco opções para criar um empreendimento de sucesso: conhecer a escala de impacto e a urgência do problema; mensurar o nível de negligência; saber quais os benefícios para superar a exclusão; pontuar o valor a ser criado; e ponderar quais oportunidades existem para criar uma economia sustentável.
Já Renee Ben-Israel, vice-presidente para Propriedade Intelectual do Yissum Co de Jerusalem, em Israel, defendeu maiores investimentos públicos em educação e tecnologia. Segundo ela, o estado de Israel, que investe em educação 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e injeta 66% dos fundos estatais para pesquisa em startups, é um bom exemplo disso.
De acordo com ela, é necessário apostar na pesquisa tecnológica para que as empresas inventem e criem novos empregos gerando renda como consequência. Com a criação da Lei da Inovação de 2004 e da Lei do Bem de 2005, o Brasil também está no caminho certo, segundo ela. "As universidades são o lugar adequado para que isso aconteça, no mundo inteiro são reconhecidas como o melhor lugar para investir", explica.
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