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geração doméstica

Quanto custa ter um painel solar em casa?

Com energia solar, a conta de luz da família do engenheiro Marcelo Talevi caiu mais de R$ 400. Em casa, ele também usa sistemas para aquecimento da água e captação da chuva. | Antônio More
Com energia solar, a conta de luz da família do engenheiro Marcelo Talevi caiu mais de R$ 400. Em casa, ele também usa sistemas para aquecimento da água e captação da chuva. (Foto: Antônio More)

O Brasil é um dos poucos países do mundo que recebe, a cada ano, mais de três mil horas de sol. A média nacional de irradiação diária fica em torno de oito, o que garante possibilidades altamente favoráveis à geração de energia solar. Embora ainda seja caro investir em um sistema fotovoltaico em casa, um novo cenário já começa a se desenhar.

Os preços de estruturas de pequeno a médio porte variam de R$ 15 mil a R$ 85 mil, dependendo da potência instalada. Contudo, o bom desempenho da tecnologia em termos de geração energética e as condições que fornece para décadas de economia vêm aumentando a adesão por painéis solares. Nos últimos três anos, a instalação de módulos que transformam a luz do sol em energia elétrica nas residências deu um salto. Em 2012, apenas três casas contavam com painéis solares. Até o fim do ano passado, já eram 1.750 mil, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (ABSOLAR).

Bom negócio

O administrador de empresas João Buso integra o grupo dos que já apostaram no sistema. Disposto a investir no setor, quis “tirar a prova” sobre as vantagens da opção. No começo de 2015 ele contratou uma empresa especializada e, por R$ 20 mil, instalou oito painéis no telhado de casa. O sistema gera 430 quilowatts/mês e reduziu expressivamente o preço da conta de luz. Em meses em que o sol predominou em Curitiba, a despesa mensal chegou a ser de R$ 78. Antes, a média era de R$ 480. “De quatro a seis anos o investimento inicial é pago pela economia feita em cada mês. Depois, dentro de 20 a 30 anos, é só lucro, porque a manutenção que ele exige é bem baixa”, diz João.

Engenheiro eletricista Almir Soar também aderiu à tecnologia. Desde abril, quando foi instalada, a estrutura semelhante à da casa de João garantiu uma boa surpresa ao orçamento da família. “A redução na conta foi na ordem de R$ 300 em relação a março. Por abril ter tido dias de bastante luminosidade, as placas alcançaram quase o máximo do potencial”, conta. Para Almir, o sistema rentabiliza mais que uma poupança e ainda agrega valor ao imóvel. “Sem contar os muitos benefícios que gera ao meio ambiente, por funcionar a partir de uma fonte limpa, que não deve ser desperdiçada”, pontua.

Controle preciso

Em busca de uma economia ainda maior, o também engenheiro eletricista Marcelo Talevi optou há quase um ano pela contratação de um módulo de 18 placas, com capacidade de gerar 550 quilowatts/mês. O investimento foi de R$ 31 mil. Em meses de sol, segundo ele, o gasto médio de R$ 600 cai para R$ 170. “Por dia, as placas são capazes de produzir, juntas, 18 quilowatts, mas até com céu nublado e chuva, elas geram alguma porção energética”, conta. O controle de tudo é feito por um medidor digital fornecido pela Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), que substitui o analógico e fornece informações precisas sobre o volume de energia produzido, gasto e acumulado. A porção não aproveitada pela residência é lançada à rede da concessionária, mas retorna em créditos abatidos nas próximas faturas. “Ainda vejo por um aplicativo no celular quanto da energia que as placas produziram e eu não utilizei entraram na rede de distribuição. Controlo tudo”, diz.

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