Os ministros da Câmara de Comércio Exterior aprovaram nesta quinta-feira (28) a retirada do trigo da lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC), o que significa que as importações do produto dos países do Mercosul voltam a ser taxadas em 10%. Desde o início do ano, em função das restrições da Argentina às exportações do produto, o governo brasileiro havia reduzido de 10% para zero a tarifa de importação do trigo como meio de garantir o abastecimento do mercado nacional.
A secretária-executiva da Camex, Lytha Spindola, informou que dois pontos foram considerados pelos ministros: o início da colheita do produto na safra brasileira; e a normalização da oferta argentina.
Lytha garantiu que não haverá problemas para o abastecimento interno.
O secretário de comércio exterior, Welber Barral, reforçou a análise de que a produção nacional e o fornecimento argentino serão suficientes para suprir o mercado brasileiro até o final do ano.
De janeiro a agosto deste ano, dos 4,2 milhões de toneladas de trigo importados pelo Brasil, apenas 2,7 milhões de toneladas vieram da Argentina. No mesmo período do ano passado, as compras de trigo da Argentina haviam alcançado 4,7 milhões de toneladas. Um dos principais fatores para a Camex consolidar a retirada do trigo da lista de exceção da TEC foi o compromisso do governo argentino, expresso por meio de decreto publicado hoje, de liberar 1,5 milhões de tonelada de trigo para a exportação. Boa parte deste volume deve seguir para o Brasil.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast