O preço da gasolina comum vendida nos postos dos combustíveis subiu em 11 estados e no Distrito Federal nesta semana, a primeira em que vigorou a redução de 3,2% no valor do combustível fóssil nas refinarias, anunciada no último dia 14. Após a decisão da Petrobras, as cotações do derivado de petróleo só cederam em 14 estados e ficaram estáveis no Pará, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O período de coleta de preços foi de 16 a 22 de outubro.
No Paraná, o preço médio da gasolina ficou praticamente estável, subindo para R$ 3,654, de R$ 3,653 na semana anterior (variação de 0,03%). Em Curitiba, houve redução de 0,2%, com o litro do combustível sendo vendido em média a R$ 3,568, ante os R$ 3,575 da semana anterior.
De acordo com a autarquia, a gasolina mais cara do país é vendida no Acre, a uma média de R$ 4,122 por litro, ante R$ 4,133 na semana passada. Já a mais barata é comercializada em São Paulo, a R$ 3,472 por litro, frente R$ 3,458 na semana anterior. Entre os dois períodos, a gasolina variou mais no Distrito Federal, com aumento de R$ 0,20, passando de R$ 3,357 para R$ 3,558 por litro.
Outro destaque de alta foi o Rio de Janeiro (de R$ 3,865 para R$ 3,95 por litro). Já o Amazonas registrou a maior queda, de R$ 3,798 para R$ 3,63 por litro. Na média Brasil, a gasolina variou de R$ 3,654 para R$ 3,671 entre as semanas.
Segundo a própria Petrobras, caso a redução de 3,2% fosse inteiramente repassada pelas distribuidoras, poderia haver diminuição de R$ 0,05 por litro na bomba.
Unica diz que preço firme da gasolina na bomba não pode ser atribuído ao anidro
A manutenção das cotações chegou a ser atribuída à firmeza do etanol anidro, misturado em até 27% ao combustível fóssil, o que é negado pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) o combustível vegetal, de acordo com a entidade, “está estabilizado nesse momento”, sem registro de alteração depois do anúncio da estatal, no dia 14.
De acordo com a Unica, a composição do preço da gasolina depende de diversas variáveis, entre elas o preço do produto na refinaria, a margem da distribuidora, a margem da revenda, o valor do Preço Médio Ponderado Final (PMPF), atualizado a cada quinze dias para recolhimento do ICMS, e o próprio anidro.
A entidade citou ainda, com base em números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que o preço do litro da gasolina na capital paulista variou entre R$ 3,099 e R$ 3,699 na semana de 9 a 15 de outubro. Já o produtor de cana-de-açúcar está vendendo neste momento o litro do etanol anidro entre R$ 2,00 e R$ 2,10, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). “Isso significa que o biocombustível representa apenas 15% do preço de bomba”, afirma a Unica.