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O Ministério da Agricultura faz questão de completar as análises de amostras de todos os 500 animais comprados de áreas com focos de aftosa do Mato Grosso do Sul antes de declarar o Paraná como estado livre de aftosa. Novas amostras serão coletadas e não há prazo para a divulgação dos resultados.

Apesar disso, o secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, acredita que tudo estará resolvido em no máximo duas semanas, antes da visita de agentes internacionais que virão ao Brasil verificar em loco as condições dos rebanhos do país.

Pessuti reuniu-se neste sábado com o ministro da Agricultura tentando encontrar uma solução para a demora na análise das amostras dos animais do Paraná. Apesar da semana conturbada e as declarações feitas tanto pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) quanto pelo Ministério da Agricultura, a reunião, que foi realizada na fazenda do ministro - em Jaboticabal, cidade do interior paulista, no sábado, foi tranqüila e proveitosa, na avaliação do governador em exercício Orlando Pessuti. O gado, que foi o tema central da reunião, ficou de fora do cardápio. Foi servido no almoço salada e frango assado.

Na quinta-feira, o secretário entrou em contato com Rodrigues pedindo uma reunião para acalmar a situação entre a Seab e o ministério. "Liguei para ele para por um ponto final nessa discussão, afinal, apesar de todas as divergências, mantemos uma amizade. Ele então pediu para que eu levasse os meus técnicos, e ele os dele, para uma reunião", disse Pessuti.

Resultado práticoDurante o encontro foi discutido, claro, a febre aftosa no Paraná, no Brasil como um todo e na América Latina. De prático, os técnicos do ministério disseram que ainda não é possível divulgar um laudo final sobre a presença ou não da doença no estado, e que é necessário que o Paraná envie novas amostras para análise.

"O objetivo é analisar todos os cerca de 500 animais que vieram do foco, dos cinco municípios de Mato Grosso do Sul, no período de 1º de agosto a 10 de outubro de 2005. Já foram analisados a maioria deles, mas queremos afastar definitivamente qualquer possibilidade", conta Pessuti.

"O ministério não nos deu um prazo para a divulgação do laudo final, mas, apesar do que muitos dizem, eu não acredito em má vontade com o Paraná, até porque lá fora a imagem é do Brasil", avalia.

FronteirasOutro ponto prático decidido na reunião foi a promessa do ministro em conversar, já a partir desta segunda-feira (21), com os secretários de Agricultura dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A intenção de Rodrigues é propor a redução das restrições nas barreiras com o Paraná.

"São Paulo, por exemplo, só aceita nossos animais para abate. Não entra animal vivo. Espero que depois desta conversa com o ministro eles flexibilizem mais as fronteiras", afirmou o governador em exercício.

Decisão judicialSobre a decisão do juiz Cléber Otero, da 3.ª Vara da Justiça Federal em Londrina, no Norte do estado, que concedeu liminar que obriga o Ministério da Agricultura a divulgar em 5 dias os resultados dos exames já feitos em animais paranaenses, Pessuti afirmou que o ministro já está sabendo deste caso.

"Ele tomou conhecimento, mas disse que quando o ministério for notificado, o departamento jurídico vai tomar as providências cabíveis".

A liminar beneficia quatro pecuaristas que têm fazendas interditadas devido às suspeitas de aftosa, em Maringá, Amaporã, Loanda e Grandes Rios.

Além de Pessuti, participaram da reunião representantes do setor produtivo agropecuário e industrial, como a Faep, Ocepar, Sociedade Rural e o Fundepec.

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