Uma postura fiscal relaxada por muito tempo será o maior risco para os ratings do Brasil, alertou nesta terça-feira (8) a agência de classificação de risco Standard and Poor's.
A S&P reafirmou a nota brasileira em "BBB-", com perspectiva estável.
Os formuladores de política do Brasil serão desafiados a retirar, durante o ano eleitoral, as recentes medidas de estímulo que permitiram uma rápida recuperação da economia brasileira, disse a S&P em comunicado.
"O compromisso do governo com a prudência fiscal continua sendo um elemento chave em nossa análise do rating, uma vez que os indicadores fiscais do Brasil ainda se mostram fracos", afirmou a agência de risco.
"Uma postura fiscal relaxada por muito tempo prejudicará a dinâmica da dívida governamental, complicará a política monetária e elevará a dependência do país de recursos externos", acrescentou a S&P.
Ofuscando a fraqueza do Brasil no campo fiscal e dando suporte às notas de crédito do país está a forte posição da dívida externa brasileira, bem como a melhora nas perspectivas de crescimento e a aproximação a políticas pragmáticas, considerou a agência.
A S&P prevê crescimento de 5,8 por cento para a economia brasileira em 2010 e expansão de 0,5 por cento neste ano.
A conta corrente registrará déficits na faixa de 2 a 3 por cento ao longo dos próximos três anos, segundo estimativas da Standard and Poor's, mas os investimentos estrangeiros diretos (IED) devem continuar financiando ao menos três quartos do "rombo", reduzindo a dependência do país de ingressos externos.
- Governistas conseguem iniciar a discussão de projetos do pré-sal
- Cúpula do Mercosul é marcada por falta de decisões
- Vivendi fez "gol de mão" para levar GVT, diz Telefónica
- Temor com rating dos EUA faz índice cair dos 68 mil pts
- "Crescimento sustentável está mais para 5%", diz economista do Itaú Unibanco
- Suco de laranja do Brasil tem pior desempenho desde 2002
Como a suspensão do X afetou a discussão sobre candidatos e fake news nas eleições municipais
Por que você não vai ganhar dinheiro fazendo apostas esportivas
Apoiadores do Hezbollah tentam invadir Embaixada dos EUA no Iraque após morte de Nasrallah
Morrer vai ficar mais caro? Setor funerário se mobiliza para alterar reforma tributária
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião