O Japão mergulhou mais fundo do que se pensava em uma recessão no terceiro trimestre e está considerando 216 bilhões de dólares para ajudar a economia a enfrentar a crise financeira global, enquanto os Estados Unidos trabalham em um pacote de resgate a montadoras.
Grandes empresas asiáticas apertam os cintos. A Sony informou que cortará 5 por cento de sua força de trabalho, o que representa 8.000 empregos, como parte de esforços de reestruturação para economizar mais de 1 bilhão de dólares.
Enquanto isso, investidores continuam à espera de um socorro às três grandes montadoras de Detroit.
"A perspectiva econômica global parece um pouco menos horrível... com todo o apoio vindo de grandes medidas de resgate planejadas por vários governos", afirmou Andrew To, diretor de vendas da Tai Fook Securities.
Dados do Japão divulgados nesta terça-feira mostraram que o país entrou mais fundo em uma recessão, colocando a segunda maior economia do mundo no caminho do maior período de contração.
A economia encolheu 0,5 por cento no terceiro trimestre, mais que o 0,1 por cento divulgado inicialmente.
Para combater esse quadro, o governo do primeiro-ministro, Taro Aso, está considerando um novo pacote econômico que inclui gastar até 20 trilhões de ienes (216 bilhões de dólares), informou o jornal Yomiuri sem citar fontes.
"Nós precisamos fazer todo esforço para expandir a demanda doméstica. Nós não devemos hesitar em avaliar várias medidas", disse o ministro da Economia, Kaoru Yosano, a jornalistas.
A Samsung Electronics, maior fabricante de chips de memória e telas de cristal líquido, está cortando metas de vendas, investimentos e lucro.
No setor automotivo, a Mitsubishi Motors informou que está suspendendo a produção em uma planta em Illinois por sete semanas no próximo ano devido a uma queda na demanda.