O potencial está na ponta da língua de quem está de olho no desempenho das micros, pequenas e médias empresas (MPM) brasileiras: elas correspondem a 95% do mercado nacional. Garantir o suporte adequado para a gestão desses negócios, quase sempre dirigidos pelo próprio fundador, seus familiares e poucos empregados, é uma forma de fomentar o giro da economia. “Adotar soluções e ferramentas que ajudam na administração da empresa libera o empreendedor para o foco do negócio, a sua operação”, explica a consultora Ana Paula Tozzi, CEO da GS&AGR, de São Paulo, especializada em gestão empresarial.
O objetivo é ser um canal facilitador de negócios, aproximando consumidores e empreendedores.
Apoio na web
Uma das maiores empresas de marketing digital do mundo, aReachLocal nasceu nos Estados Unidos a partir da necessidade de dois amigos a caminho de um funeral que tentaram encontrar uma floricultura fazendo buscas no celular. “A internet estava ganhando força e eles identificaram o potencial de colocar o pequeno empreendedor na rede”, explica o CEO da marca no Brasil, José Geraldo Coscelli.
Focada no pequeno e médio empreendedor, a empresa, que chegou ao país há um ano e meio, tem pacotes com soluções de anúncios no Google, mídias sociais e outros portais, desenhados de acordo com o perfil do negócio. A ideia é colocar a empresa na rede para encontrar o cliente que pode estar ao lado do estabelecimento. O sistema oferece aplicativos e controle permanente do monitoramento de ligações geradas a partir da campanha, que é reavaliada mensalmente.
O ticket médio de um pacote mínimo em Curitiba, dependendo do segmento, sai por a partir de R$ 2 mil.
Abrir mão de manter áreas internas de gestão como departamento financeiro, de tecnologia da informação, marketing ou mesmo estruturas físicas próprias nem sempre bem aproveitadas pode ser mais vantajoso do que apenas o resultado financeiro. Além de delegar as tarefas para quem domina essas áreas e aumentar seu tempo investido na criação e operação, o empreendedor ganha margem de manobra para revisar contratos quando os negócios não vão tão bem. Para isso, vale investir na flexibilidade dos acordos, que podem ser alterados conforme a demanda, no caso da contratação de um serviço.
Essa flexibilidade acaba tendo reflexo no equilíbrio das contas. “Essa é a maior vantagem da pequena empresa. Ela pode se organizar para cortar custos variáveis de forma rápida e mais barata quando atravessa uma crise do que a grande. Cortar custos fixos custa muito caro, como no caso de demissões”, explica a consultora.
Orçamento
A crise econômica também exige ajustes mais finos nos orçamentos, em especial nas MPMs. O executivo José Geraldo Coscelli, CEO da ReachLocal, empresa de marketing digital com mil clientes no Brasil, observa que o empresário brasileiro está atento ao resultado que pode obter a cada real investido. “Na hora de fazer as contas, é preciso garantir mais eficiência”, diz.
O mercado oferece dezenas de soluções e ferramentas para ajudar na gestão do negócio. “O brasileiro precisa superar preconceitos culturais e adotar tecnologias que facilitem sua rotina, inclusive nos negócios, como o escritório virtual”, diz Ana Paula.
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