A crise do sistema financeiro internacional atingiu em cheio a Europa. Governos do Reino Unido, da Alemanha, da Bélgica, da Holanda, de Luxemburgo e da Dinamarca já anunciaram nacionalizações ou intervenções bilionárias no mercado para conter falências de quatro bancos e seguradoras nos últimos cinco dias.
O aprofundamento da crise no continente levou o Banco Central Europeu (BCE) a anunciar a injeção de 120 bilhões de euros com o objetivo de melhorar a liquidez de crédito, mas sem impedir a queda das bolsas em toda a região. Ao todo, seis países já anunciaram algum tipo de intervenção no sistema bancário, mas o número pode aumentar ainda nesta terça-feira (30).
"Grandes incertezas estão minando a confiança do mercado quanto à liquidez das instituições. Mas é preciso ressaltar que não há uma crise européia, mas uma extensão do que se passa nos Estados Unidos", disse Etienne de Callatay, economista-chefe do banco belga Degroof e professor da Universidade Livre de Bruxelas.
O contágio da crise bancária, que, por hora, poupa França, Itália e Espanha, levou a Federação dos Bancos Europeus (FBE) a emitir uma nota na qual reconhece que a "economia mundial enfrenta uma crise sem precedentes", mas afirma, otimista: "O sistema bancário europeu ultrapassará a tempestade que agita atualmente os mercados".
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