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Crise financeira

Zona Franca de Manaus assegura faturamento com demissões

A crise econômica mundial não afetou o faturamento das indústrias da Zona Franca de Manaus no balanço deste ano, mas o impacto foi nos altos índices de demissões. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, foram dispensadas 1.580 pessoas em novembro, contra 680 em novembro do ano passado. "Mais de 132% a mais, sem contar com as que vêm pela frente, como as já anunciadas na Sony e as que já ocorreram na Semp Toshiba e Nokia", disse um dos diretores do sindicato Valdemir Santana.

Em outubro, foram 1.733 demissões, segundo o sindicato, contra 981 do mesmo período em 2007. Na contabilidade do sindicato, há ainda pelo menos 2 mil dos 5 mil funcionários das empresas do Distrito Industrial que não voltaram a trabalhar depois das férias coletivas extemporâneas dadas em outubro por conta da crise mundial. "Não voltaram e não sabem se vão voltar, porque as férias extemporâneas se juntaram às tradicionais de fim de ano e só em janeiro saberemos se eles terão os empregos de volta", afirmou.

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) anunciou nesta quinta-feira (11) um faturamento recorde das indústrias, de US$ 26,47 bilhões até outubro, resultado 26,59% maior do que o do ano passado. Para o superintendente-adjunto de Projetos da Suframa, Oldemar Ianck, não se pode dizer que as demissões foram por conta da crise, mas também por "ajustes de demanda de mercado".

"Em outubro foram registrados mais de 113 mil empregos diretos e as vendas externas alcançaram US$ 1,021 bilhão, volume 18,39% maior em relação ao verificado no mesmo período que 2007", afirmou. "Além disso, a aprovação de 271 projetos na última reunião do Conselho da Suframa prevê 28.309 postos de trabalho nos próximos três anos".

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