Bruna Driessen, estudante de Medicina da UFPR: força de vontade e “jeitinho” para driblar as dificuldades| Foto: Jonathan Campos / Gazeta do Povo

"Acordo cedo, tomo café da manhã na Casa do Estudante Luterano Universitário (Celu) e pego o ônibus para a faculdade. A aula começa às 7h30. No biarticulado são 35 minutos para se equilibrar nas curvas e aproveitar para estudar. Chego à faculdade e tenho as várias aulas do nosso curso integral. Na hora do almoço faz falta um ‘restaurante universitário’ em faculdades particulares, o que encarece o custo da alimentação. Em todo o bairro Bigorrilho não encontramos prato por menos de R$ 7.

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Depois, as aulas continuam até as 18h50. Entre elas, mais um lanche para me manter firme: lá se vão mais R$ 5. Depois, algumas reuniões para organizar o Centro Acadêmico ou para elaborar os eventos da faculdade ou ajudar na monitoria voluntária de Anatomia. Mas ainda é necessário estudar e aproveito a biblioteca, já que comprar livros ou ter um computador é uma realidade distante. Vou embora às 22 horas. São mais 35 minutos de ônibus, preocupado se a bolsa permanência do ProUni, de R$ 300, vai cair em dia para pagar o aluguel.

A noite continua, às vezes com reuniões na Celu para resolver os problemas. Ainda tenho de lavar roupas e tomar banho. Amanhã novamente a correria, talvez com plantão no Hospital Erasto. E no fim do dia ainda sobra muita força de vontade, felicidade por estar realizando meu sonho, a esperança no futuro de saúde para todos e a gratidão a Deus pela oportunidade."

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